domingo, 19 de setembro de 2021

A ORIGEM DA ASTROLOGIA


Quando fazemos um mapa astral, conversamos sobre os signos, vemos tantos astrólogos na mídia e até softwares astrológicos carregados de recursos, começamos a nos perguntar quem criou ou como se desenvolveu até chegar na era da tecnologia avançada com tantos debates polêmicos sobre este assunto.


A astrologia acompanhou o desenvolvimento de diferentes civilizações e com o estilo de acordo com cada cultura. Seria como se a astrologia tivesse começado junto com a humanidade e certamente foi se aprimorando por que sabemos que tudo sempre começa pela maneira mais simples. O fato é que a astrologia que conhecemos é de origem quase desconhecida trazendo junto muitas teorias sobre como se desenvolveu. A astrologia tropical teve a influencia de várias culturas e provavelmente a astrologia ganhou um avanço revolucionário em alguma época muito antiga da humanidade.

 

A astrologia na Suméria

O povo da suméria existiu na antiga Mesopotâmia (um dos berços da humanidade) há 4000 anos antes de cristo e ja tinha um conhecimento surpreendente sobre o sistema solar. Até onde sabemos foram os primeiros a terem um certo conhecimento sobre planetas e estrelas. 


Os sumérios tinham nomes específicos para os planetas que conheciam, associados principalmente aos deuses de seu panteão. 

Aqui estão alguns exemplos:

Mercúrio: Udu-idim-gud-ud (que significa "Planeta do deus Nebo")

Vênus: Dilbat (associado à deusa Inanna/Ishtar)

Marte: Salbatanu ou Mulu-babbar (associado ao deus Nergal)

Júpiter: Mulu-babbar (associado ao deus Marduk)

Saturno: Genun (associado ao deus Ninurta)


Esses nomes refletem a importância religiosa e mitológica que os sumérios atribuíam aos corpos celestes.


Em sumério, o Sol era chamado de Utu ou Shamash, que eram nomes associados ao deus sol na mitologia suméria. A Lua era conhecida como Nanna ou Sin, referindo-se ao deus lunar na religião suméria.

Além de conhecerem os planetas, estrelas e os signos faziam o uso de suas influências na agricultura e para realizar suas atividades que também eram muito avançadas para a época em que viviam com invenções e recursos que são usados até hoje pela civilização contemporânea. 

Os nomes dos signos astrológicos da astrologia mesopotâmica são um pouco diferentes dos nomes que conhecemos da astrologia ocidental moderna. Aqui estão os nomes dos 12 signos astrológicos mesopotâmicos:


Taurus (Touro): GU.AN.NA

Gemini (Gêmeos): MASH.TAB.BA

Cancer (Câncer):DUB

Leo (Leão): UR.GULA

Virgo (Virgem): AB.SIN

Libra (Libra): ZIB.BA.AN.NA (às vezes associado com MUL.ZIB.BA.AN.NA)

Scorpio (Escorpião):GIR.TAB

Sagittarius (Sagitário): PA.BIL (ou PA.BIL.SAG)

Capricorn (Capricórnio): SUHUR.MASH

Aquarius (Aquário): GU

Pisces (Peixes): SIM.MAH

Aries (Áries): LU.HUN.GA

A ORIGEM DA ASTROLOGIA

Os Sumérios acreditavam que além da agricultura, da escrita e das suas leis, o conhecimento sobre os planetas no céu também teria sido um presente de um povo gigante vindo do céu que eles chamavam de ANUNNAKIS que seriam justamente os habitantes deste planeta chamado NIBIRU.

 

A astrologia na idade média

Com o passar do tempo a observação do céu foi se tornando mais sistemática e a interpretação foi ficando melhor. A cultura grega começou a ter a sua influência na astrologia até ela se tornar o que nós conhecemos nos tempos atuais.

Antes do século 17 a astrologia era aceita entre os eruditos sendo de grande importância para reis para tomadas de decisões e médicos para tratar os seus pacientes. Horóscopos ( Mapa Astral) eram usados por cientistas como GALILEU, JOHANNES KEPLER e TOMÁS DE AQUINO. Somente depois que foi dividida não sendo mais tratada como ciência ortodoxa. Acho que o fato de a astrologia não ser mais tratada como ciência não passa de uma disputa de opiniões fazendo com que permaneça nas trevas da desinformação apenas por não ser levada a sério. Esta divisão certamente começou devido ao fato de na idade média acreditarem que a terra era o centro do universo. Mas com a novidade do heliocentrismo a astrologia caiu em descrédito. Acontece que o geocentrismo não passa de uma forma de cálculo para se fazer o horóscopo do indivíduo que se encontra na terra. Apenas por isso!


 O CALENDÁRIO:

Pelo fato da astrologia tropical ser um sistema de astrologia que se baseia nas estações do ano e nos equinócios, ela não está diretamente associada ao calendário Juliano. No entanto, historicamente, a astrologia tropical tem sido adaptada para diferentes calendários ao longo do tempo.

No caso do calendário Juliano, que foi reformulado para criar o calendário gregoriano em 1582, a astrologia tropical continuou a ser praticada e adaptada dentro do contexto desse novo calendário. Os equinócios e solstícios, que são eventos astronômicos relacionados à posição do Sol em relação à Terra são independentes do calendário civil e são determinados pela órbita da Terra em torno do Sol.

Portanto, os astrólogos que seguem a astrologia tropical continuaram a usar as posições do Sol em relação aos equinócios e solstícios para determinar os signos zodiacais e criar mapas astrais, independentemente das mudanças no calendário civil.


A astrologia no Brasil


A astrologia teve uma presença discreta nas cortes e entre as elites, tanto na Europa quanto no Brasil. O contexto histórico da época, com a Inquisição e o dogma da Igreja Católica, criou um ambiente onde os estudos astrológicos foram marginalizados, mas, ao mesmo tempo, a astrologia era considerada uma ciência respeitável por muitos, especialmente entre a aristocracia.


A Astrologia na Corte Europeia e no Brasil

A astrologia foi trazida para o Brasil pelos colonizadores e pela corte portuguesa. Desde o Renascimento, a astrologia tinha um status científico na Europa, principalmente em círculos aristocráticos e acadêmicos. Na corte portuguesa, os astrólogos e matemáticos desempenhavam um papel importante, especialmente nas decisões políticas, já que as influências astrais eram vistas como um reflexo da ordem divina que regia o mundo.


No Brasil, a elite colonial, embora envolvida com as questões do plantio e comércio, tinha contato com essas ideias astrológicas devido ao vínculo com a cultura europeia. Mesmo que a Igreja Católica tentasse reprimir essa prática, muitos membros da nobreza brasileira buscaram esse conhecimento de forma discreta, pois, apesar das proibições, a astrologia ainda era vista por muitos como uma ferramenta valiosa para entender o destino, a saúde e os ciclos da vida, algo que era amplamente valorizado entre a elite.


D. Isabel e o Interesse por Conhecimentos Esotéricos

D. Isabel, filha de Dom Pedro II, certamente tinha uma curiosidade intelectual além das tradições religiosas estabelecidas. Embora sua ligação direta com a astrologia não seja amplamente documentada, há registros de seu interesse por práticas espirituais que estavam fora do contexto cristão convencional. Ela esteve associada a movimentos como o espiritismo, que, embora não seja a mesma coisa que a astrologia, compartilha com ela um vínculo com o além, a busca por forças cósmicas e a ideia de destinos predestinados.


Na corte brasileira, era comum que a aristocracia se envolvesse com círculos fechados, onde se discutiam práticas místicas, astrologia e outros campos esotéricos. A busca pela astrologia, principalmente para questões de saúde e decisões familiares, estava ligada ao desejo de encontrar respostas em um período onde os avanços médicos ainda eram limitados. Além disso, a astrologia podia ser uma ferramenta utilizada para determinar o melhor momento para certos eventos ou ações, o que era de grande interesse para as famílias aristocráticas que buscavam sempre um controle maior sobre suas vidas e legados.


A Percepção da Astrologia Pela Igreja e o Papel dos Cleros

Apesar da condenação da astrologia pela Igreja Católica, havia um grau de tolerância, especialmente entre os clérigos que não estavam diretamente sob a vigilância da Inquisição. Como a astrologia era considerada uma ciência mais racional e intelectual em muitos círculos europeus, ela não era inteiramente rejeitada pelos membros da Igreja que tinham uma mentalidade mais acadêmica. Os estudos astronômicos, que envolviam a observação dos astros e a compreensão dos ciclos celestes, eram frequentemente misturados com a astrologia, e isso possibilitava que ela fosse aceita em determinados contextos.


Além disso, muitos membros da Igreja e da nobreza tinham acesso a livros e estudos científicos que tratavam da astrologia de uma forma mais técnica, como as obras de astrônomos e matemáticos que viam a astrologia não apenas como um método de previsão, mas como uma ferramenta para compreender a ordem cósmica e o papel do ser humano nesse universo. Alguns sacerdotes e intelectuais da época, então, continuaram a estudar a astrologia como uma ciência, embora de forma discreta, já que sua associação com a superstição e com práticas religiosas não ortodoxas era vista como algo perigoso.


A Marginalização e Superstição

O caráter científico da astrologia foi sendo lentamente apagado à medida que ela se associava cada vez mais à superstição e à magia. No contexto da Inquisição e com o avanço das ideias iluministas, a astrologia foi sendo rotulada como uma prática irracional e muitas vezes ligada a bruxarias e cultos pagãos. A marginalização da astrologia resultou em uma queda no seu prestígio, e ela passou a ser vista principalmente como uma forma de superstição popular.


Difusão da astrologia no Brasil 

A astrologia no Brasil começou a ganhar forma com figuras isoladas antes de se tornar um fenômeno de massa. Na década de 1930, um dos primeiros astrólogos a se destacar foi Danton Pereira de Souza. Ele frequentou o Centro Internacional de Astronomia em Paris e contribuiu significativamente para a difusão da astrologia no país durante esse período. Embora tenha sido uma figura pioneira, não há registros de que Danton tenha alcançado notoriedade nacional em meios de comunicação de massa, como o rádio, nem de que tenha participado diretamente da fundação de instituições astrológicas décadas depois.

Outro nome importante dessa época inicial é Francisco Waldomiro Lorenz. Mais conhecido por seu trabalho esotérico e linguístico, Lorenz também atuou como astrólogo e apresentou um programa de rádio em Porto Alegre chamado “A Hora Esotérica”. Apesar de sua relevância local, ele igualmente não obteve o alcance popular que marcaria figuras posteriores.Foi em 1940 que a astrologia brasileira começou a ganhar um rosto mais conhecido nacionalmente com Omar Cardoso. Nascido em 30 de junho de 1921, Omar estreou como locutor aos 19 anos na Rádio Espírita, iniciando uma carreira que o tornaria um ícone da astrologia no Brasil. Diferentemente de seus predecessores, ele soube usar o rádio, e mais tarde os jornais, para alcançar um público amplo, consolidando-se como o primeiro astrólogo de grande projeção midiática no país. Antes dele, Danton Pereira de Souza e Francisco Waldomiro Lorenz haviam pavimentado o caminho, mas nenhum alcançara o status de destaque nacional que Omar conquistou.Décadas depois, a astrologia no Brasil ganhou uma estrutura mais formal. Em 1969, foi criado o Instituto Paulista de Astrologia (IPA), pioneiro no ensino da chamada astrologia científica. Esse movimento culminou na fundação da Associação Paulista de Astrologia em 12 de outubro de 1971, que inicialmente tinha um escopo regional. O IPA desempenhou um papel central nesse processo, servindo como base para a nova entidade. Não há uma lista exata de nomes individuais amplamente documentada como "os fundadores", mas os responsáveis pelo IPA, incluindo figuras influentes do meio astrológico paulista da época, foram os principais impulsionadores dessa iniciativa. Em 15 de junho de 1977, a associação expandiu seu alcance e foi transformada em uma entidade nacional, passando a se chamar Associação Brasileira de Astrologia (ABA).

Associação Brasileira de Astrologia foi fundada pelo astrólogo Antonio Facciollo Neto que teve os seus estudo astrológicos inspirado pelo seu pai e que defende a astrologia como ciência.


Nos tempos atuais, esse estigma ainda persiste em muitos lugares, especialmente nas Américas, onde os estereótipos relacionados à astrologia, como a leitura superficial dos signos, afastam a prática de seu valor original e científico. O estudo da astrologia, no entanto, com base em observações e análises das influências astrais sobre a natureza e os seres humanos, continua a ser valorizado por aqueles que reconhecem seu potencial como uma ferramenta de autoconhecimento e de compreensão dos ciclos naturais.


Atualmente a astrologia está dividida entre os astrólogos que defendem a astrologia como sendo uma ciência e os astrólogos que dizem ser uma pseudociência.

Provavelmente temos mais astrólogos do que astrônomos no Brasil!!!

 

 

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