Quando fazemos um mapa astral, conversamos sobre os signos, vemos tantos astrólogos na mídia e até softwares astrológicos carregados de recursos, começamos a nos perguntar quem criou ou como se desenvolveu até chegar na era da tecnologia avançada com tantos debates polêmicos sobre este assunto.
A astrologia acompanhou o desenvolvimento de diferentes civilizações e com o estilo de acordo com cada cultura. Seria como se a astrologia tivesse começado junto com a humanidade e certamente foi se aprimorando por que sabemos que tudo sempre começa pela maneira mais simples. O fato é que a astrologia que conhecemos é de origem quase desconhecida trazendo junto muitas teorias sobre como se desenvolveu. A astrologia tropical teve a influencia de várias culturas e provavelmente a astrologia ganhou um avanço revolucionário em alguma época muito antiga da humanidade.
A astrologia na Suméria
O povo da suméria existiu na antiga Mesopotâmia (um dos berços da humanidade) há 4000 anos antes de cristo e ja tinha um conhecimento surpreendente sobre o sistema solar. Até onde sabemos foram os primeiros a terem um certo conhecimento sobre planetas e estrelas.
Os sumérios tinham nomes específicos para os planetas que conheciam, associados principalmente aos deuses de seu panteão.
Aqui estão alguns exemplos:
Mercúrio: Udu-idim-gud-ud (que significa "Planeta do deus Nebo")
Vênus: Dilbat (associado à deusa Inanna/Ishtar)
Marte: Salbatanu ou Mulu-babbar (associado ao deus Nergal)
Júpiter: Mulu-babbar (associado ao deus Marduk)
Saturno: Genun (associado ao deus Ninurta)
Esses nomes refletem a importância religiosa e mitológica que os sumérios atribuíam aos corpos celestes.
Em sumério, o Sol era chamado de Utu ou Shamash, que eram nomes associados ao deus sol na mitologia suméria. A Lua era conhecida como Nanna ou Sin, referindo-se ao deus lunar na religião suméria.
Além de conhecerem os planetas, estrelas e os signos faziam o uso de suas influências na agricultura e para realizar suas atividades que também eram muito avançadas para a época em que viviam com invenções e recursos que são usados até hoje pela civilização contemporânea.
Os nomes dos signos astrológicos da astrologia mesopotâmica são um pouco diferentes dos nomes que conhecemos da astrologia ocidental moderna. Aqui estão os nomes dos 12 signos astrológicos mesopotâmicos:
Taurus (Touro): GU.AN.NA
Gemini (Gêmeos): MASH.TAB.BA
Cancer (Câncer):DUB
Leo (Leão): UR.GULA
Virgo (Virgem): AB.SIN
Libra (Libra): ZIB.BA.AN.NA (às vezes associado com MUL.ZIB.BA.AN.NA)
Scorpio (Escorpião):GIR.TAB
Sagittarius (Sagitário): PA.BIL (ou PA.BIL.SAG)
Capricorn (Capricórnio): SUHUR.MASH
Aquarius (Aquário): GU
Pisces (Peixes): SIM.MAH
Aries (Áries): LU.HUN.GA
Os Sumérios acreditavam que além da agricultura, da escrita e das suas leis, o conhecimento sobre os planetas no céu também teria sido um presente de um povo gigante vindo do céu que eles chamavam de ANUNNAKIS que seriam justamente os habitantes deste planeta chamado NIBIRU.
A astrologia na idade média
Com o passar do tempo a observação do céu foi se tornando mais sistemática e a interpretação foi ficando melhor. A cultura grega começou a ter a sua influência na astrologia até ela se tornar o que nós conhecemos nos tempos atuais.
Antes do século 17 a astrologia era aceita entre os eruditos sendo de grande importância para reis para tomadas de decisões e médicos para tratar os seus pacientes. Horóscopos ( Mapa Astral) eram usados por cientistas como GALILEU, JOHANNES KEPLER e TOMÁS DE AQUINO. Somente depois que foi dividida não sendo mais tratada como ciência ortodoxa. Acho que o fato de a astrologia não ser mais tratada como ciência não passa de uma disputa de opiniões fazendo com que permaneça nas trevas da desinformação apenas por não ser levada a sério. Esta divisão certamente começou devido ao fato de na idade média acreditarem que a terra era o centro do universo. Mas com a novidade do heliocentrismo a astrologia caiu em descrédito. Acontece que o geocentrismo não passa de uma forma de cálculo para se fazer o horóscopo do indivíduo que se encontra na terra. Apenas por isso!
O CALENDÁRIO:
Pelo fato da astrologia tropical ser um sistema de astrologia que se baseia nas estações do ano e nos equinócios, ela não está diretamente associada ao calendário Juliano. No entanto, historicamente, a astrologia tropical tem sido adaptada para diferentes calendários ao longo do tempo.
No caso do calendário Juliano, que foi reformulado para criar o calendário gregoriano em 1582, a astrologia tropical continuou a ser praticada e adaptada dentro do contexto desse novo calendário. Os equinócios e solstícios, que são eventos astronômicos relacionados à posição do Sol em relação à Terra são independentes do calendário civil e são determinados pela órbita da Terra em torno do Sol.
Portanto, os astrólogos que seguem a astrologia tropical continuaram a usar as posições do Sol em relação aos equinócios e solstícios para determinar os signos zodiacais e criar mapas astrais, independentemente das mudanças no calendário civil.
A astrologia no Brasil
Em 1970 a Associação Brasileira de Astrologia (ABA) foi criada pelo astrólogo Antonio Facciollo Neto que teve os seus estudo astrológicos inspirado pelo seu pai e que defende a astrologia como ciência. Atualmente a astrologia está dividida entre os astrólogos que defendem a astrologia como sendo uma ciência e os astrólogos que dizem ser uma pseudociência.
Provavelmente temos mais astrólogos do que astrônomos no Brasil!!!
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