terça-feira, 26 de dezembro de 2023

ASSURBANIPAL E A ANTIGA MESOPOTÂMIA


Assurbanipal, rei da Assíria entre 668 e 627 a.C., foi um dos maiores responsáveis por preservar o conhecimento da antiga Mesopotâmia, especialmente em áreas como astrologia, astronomia e religião. Ele criou a famosa Biblioteca de Assurbanipal, localizada em Nínive, que foi um dos maiores centros de conhecimento do mundo antigo. Para entender seu impacto, podemos compará-la à lendária Biblioteca de Alexandria, mas com foco total na cultura e sabedoria mesopotâmica.

Agora, vamos destrinchar o que isso significa de maneira simples, prática e direta.


Semelhanças entre a Biblioteca de Assurbanipal e a de Alexandria:

Tudo em um só lugar
Assurbanipal sabia que conhecimento é poder, então ele reuniu tudo que era valioso em termos de saber mesopotâmico em um único lugar. Textos em sumério, acádio e babilônico foram copiados de cidades importantes como Babilônia, Ur e Sippar. Esse esforço era como criar um "backup" gigante do saber da Mesopotâmia: religião, medicina, matemática, literatura e, claro, astrologia. A ideia era garantir que esse conhecimento nunca se perdesse, assim como os governantes de Alexandria fizeram ao reunir textos de várias culturas do mundo antigo.

Astrologia: o centro de tudo
Na Mesopotâmia, astrologia não era só "consultar os astros"; era um sistema de conexão direta com o divino. Textos como o "Enuma Anu Enlil" mostravam como eventos celestes, como eclipses ou a posição dos planetas, influenciavam a Terra, prevendo desastres, guerras ou tempos de paz. Assurbanipal valorizava tanto isso que sua biblioteca se tornou o coração da astrologia mesopotâmica, semelhante ao papel dos astrônomos de Alexandria ao sistematizar o saber grego e egípcio.

Guardar o que importa
Assurbanipal não queria perder a história e a tradição de seu povo. Ele copiou e armazenou textos antigos para proteger tradições sumérias e babilônicas. Sua biblioteca era um projeto para preservar o passado e garantir que as futuras gerações tivessem acesso a esse conhecimento. É o mesmo princípio da Biblioteca de Alexandria: proteger e perpetuar o saber.

Um rei culto e visionário
Assurbanipal não era um rei comum. Ele lia textos antigos em sumério e acádio, algo raro para um monarca. Isso mostra que ele não só valorizava o saber, mas também participava ativamente na sua preservação. Era como um CEO que entende cada detalhe do seu negócio. Esse envolvimento lembra governantes como Ptolomeu II, que investiam pesado no avanço do conhecimento em Alexandria.

Legado que atravessa o tempo
Quando Nínive foi destruída em 612 a.C., as tabuletas de argila da biblioteca ficaram enterradas sob os escombros. Mas, veja só, essa tragédia ajudou a preservar essas obras! Quando arqueólogos as redescobriram, no século XIX, encontraram um tesouro sobre religião, ciência e sociedade da Mesopotâmia. Assim como a Biblioteca de Alexandria influenciou a cultura helenística, a Biblioteca de Assurbanipal garantiu que o legado mesopotâmico sobrevivesse ao tempo.


Conclusão: o que isso significa pra gente?

A Biblioteca de Assurbanipal foi como a "Biblioteca de Alexandria da Mesopotâmia", mas com um diferencial: ela era focada no conhecimento local. Enquanto Alexandria tentava reunir informações de várias culturas, Assurbanipal fez um trabalho incrível ao consolidar e proteger o saber da sua própria civilização. Ele garantiu que os ensinamentos astrológicos, religiosos e literários do seu povo fossem transmitidos para as próximas gerações.

Se tem algo que podemos aprender com ele, é que investir em conhecimento é o maior legado que alguém pode deixar. O saber nunca é perdido; ele apenas espera o momento certo de ser redescoberto.

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