sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

A ASTROLOGIA E A CIÊNCIA ORTODOXA


Ciência ortodoxa, também conhecida como ciência acadêmica ou mainstream, sempre teve uma relação complexa com a astrologia ao longo da história. Inicialmente, a astrologia era considerada uma parte integrante da astronomia e da cosmologia.

Na antiguidade, civilizações como os babilônios e os egípcios já praticavam a astrologia como uma forma de prever eventos e compreender o mundo. Entendia-se que os corpos celestes influenciavam diretamente a vida na Terra. No entanto, com o surgimento da ciência grega, como uma nova perspectiva e o método científico mudado, a astrologia começou a ser questionada.

Com o avanço da astronomia no período helênico, nomes como Ptolomeu e Hiparco contribuíram para a compreensão dos movimentos planetários de forma mais precisa. No entanto, mesmo com essas contribuições científicas, a astrologia continuou sendo praticada e considerada uma disciplina legítima.

Foi na Idade Média que a astrologia se tornou uma parte central da cultura europeia. A Igreja Católica via na astrologia uma maneira de interpretar o plano divino e até mesmo papas renomados, como Urbano VIII, consultavam astrólogos em momentos cruciais.

No entanto, a Santa Inquisição começou a atacar mais severamente os astrólogos durante os séculos XV e XVI, especialmente durante o período da Inquisição Espanhola. No renascimento que teve início no século XIV, na Itália, e estendeu-se até o século XVII, com a influência da santa inquisição, as novas metodologias de estudos usadas nas novas descobertas astronômicas de Copérnico e Galileu Galilei, a astrologia começou a enfrentar um crescente comportamento ceticista por parte dos cientistas ortodoxos (CIENCIA MODERNA) para evitar conflitos com a igreja. O novo método científico estava se desenvolvendo e buscava explicações baseadas em observações e experimentos controlados por um novo pensamento, enquanto a astrologia começava, a partir daí, se basear em suposições subjetivas e interpretações simbólicas devido a falta de suporte da ciência.

Ao longo da história, a abordagem científica evoluiu significativamente. Enquanto a ciência contemporânea enfatiza a investigação das causas por trás dos fenômenos, séculos atrás, a aceitação dos estudos científicos baseava-se em resultados práticos concretos. Na antiguidade e na Idade Média, a observação e a demonstração de efeitos tangíveis muitas vezes bastavam para validar descobertas. Já nos tempos atuais, a busca pelas explicações causais e pela compreensão dos mecanismos subjacentes tornou-se fundamental para que haja aceitação de estudos como científicos. Essa mudança tirou a astrologia de circulação do campo da ciência, mesmo mostrando resultados práticos e concretos.


O SOL E A LUA NA HISTÓRIA

Antigamente, Sol e Lua eram considerados planetas. Isso mudou por volta do século XVI quando o modelo heliocêntrico de Copérnico ganhou aceitação. Nesse modelo, o Sol estava no centro do sistema solar, e os planetas, incluindo a Terra, orbitavam ao seu redor. Como o Sol deixou de ser visto como um objeto em órbita de outro planeta, ele não era mais considerado um planeta. A Lua também foi excluída dessa categoria porque não orbita a Terra no mesmo sentido que os planetas orbitam o Sol.

Na astrologia, o Sol e a Lua são considerados planetas, mas é mais por uma questão de cálculo e perspectiva terrestre do que uma crença literal de que a Terra é o centro do universo. Os astrólogos reconhecem que o Sol é o centro do sistema solar, mas na prática astrológica, a Terra é considerada o ponto de referência principal. 


No século XVII, a astrologia começou a perder seu status como um estudo respeitável. Muitos cientistas ortodoxos passaram a considerá-la uma pseudociência, rejeitando-a como uma prática supersticiosa sem fundamentos sólidos.

Atualmente, a astrologia é considerada uma prática esotérica ou uma forma de entretenimento para muitas pessoas, mas não é reconhecida como uma ciência legítima pela comunidade científica ortodoxa. A ciência moderna concentra-se em explicações naturais baseadas nessas novas teorias e um novo método científico, deixando a astrologia fora de seu escopo.
Podendo até mesmo haver problemas legais se algum astrólogo insistir na idéia de que a astrologia é uma ciência.
O objetivo deste artigo é mostrar que a astrologia carrega uma bagagem de conhecimento que não pode ser descartada como lixo. E por isso, que atualmente, a astrologia é frequentemente descrita como uma linguagem simbólica e transcendental que busca compreender e interpretar o papel dos astros no destino humano. Esta visão da astrologia reconhece que suas práticas e interpretações vão além das noções convencionais de linguagem, buscando transmitir significados mais profundos por meio de símbolos e metáforas. A linguagem simbólica da astrologia se baseia no conceito de que os movimentos dos corpos celestes refletem padrões e influências que podem ser interpretados para fornecer um conhecimento sobre uma outra natureza do universo e o papel dos astros na vida terrena.

A transcendência da astrologia está relacionada à sua capacidade de ir além das limitações da linguagem comum, buscando conectar as dimensões espirituais e simbólicas da existência humana com os padrões celestes. Nesse sentido, a astrologia procura oferecer uma compreensão mais profunda do mundo e de nós mesmos, reconhecendo a importância da riqueza simbólica e espiritual que ela carrega.

Ao considerar a astrologia como uma linguagem transcendental, reconhecemos seu potencial para proporcionar um esclarecimento profundo sobre o universo e as forças que moldam nossas vidas. Essa abordagem ressalta a importância de preservar a integridade da astrologia como um estudo milenar, garantindo que suas interpretações e práticas sejam transmitidas fielmente para as futuras gerações. Dessa forma, ao honrar a sabedoria acumulada ao longo de milênios, estamos comprometidos em proteger sua autenticidade e valor, reconhecendo sua importância contínua no entendimento do mundo e de nós mesmos.

Na NASA, existe um poster pendurado com abelhas e escrita uma frase que diz assim:

"Aerodinamicamente o corpo de uma abelha não é feito para voar; o bom é que a abelha não sabe".

E mesmo assim a ciência ortodoxa desafia a astrologia.

A astrologia, apesar de desafiada pela ciência ortodoxa, oferece um potencial significativo ao fornecer um conhecimento milenar sobre os padrões comportamentais e ciclos cósmicos. Assim como a abelha voa apesar das limitações percebidas, a astrologia oferece uma perspectiva única que transcende as explicações científicas convencionais, proporcionando orientação e compreensão transcendental sobre o universo. A frase ilustra que há aspectos da existência que escapam à explicação puramente científica. Portanto são áreas distintas, e não faz sentido a ciência ortodoxa questionar a astrologia, pois seu valor reside na interpretação simbólica e na conexão com o mistério e a complexidade do universo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ASTROLOGIA MULTIDIMENSIONAL

  O "tesseract" ou "hipercubo" foi mensionado pela primeira vez em 1901 por Charles Howard Hinton, mas seu u...