Leonardo entendia que os corpos celestes influenciavam diretamente a vida na Terra. Ele estudou as posições dos planetas, as fases da lua e os movimentos dos astros para entender melhor as forças cósmicas que afetam a humanidade. Leonardo via a astrologia como uma ciência que poderia revelar segredos sobre o destino humano e as interações entre o céu e a Terra.
Em seus cadernos de anotações, Leonardo registrou observações astrológicas detalhadas. Ele estudou o zodíaco e os signos do horóscopo para entender como eles se relacionavam com os eventos históricos e individuais. Acreditava-se que cada pessoa tinha um mapa astral único, determinado pela posição dos planetas no momento do nascimento, e Leonardo estava interessado em desvendar os mistérios por trás dessas influências celestes.
Ele também explorou temas astrológicos em suas obras científicas, como seus estudos sobre anatomia humana e proporção áurea.
A Codex Leicester, também conhecida como Codex Hammer, é um famoso manuscrito escrito por Leonardo da Vinci entre 1506 e 1510. É composto por 18 folhas de papel e contém uma coleção de escritos e desenhos de Leonardo sobre vários temas, principalmente relacionados com os astros e à água. O manuscrito recebeu o nome de Thomas Coke, Conde de Leicester, que o adquiriu em 1717. A Codex Leicester é considerada uma das obras mais importantes e valiosas de Leonardo da Vinci, pois revela seu pensamento científico e observações detalhadas sobre o mundo natural.
Além disso, Leonardo usava a astrologia em sua arte. Ele incorporava elementos astrológicos em suas pinturas, como a "Última Ceia", onde os apóstolos são retratados de acordo com os signos do zodíaco.
Por exemplo, há interpretações que apontam para a disposição das figuras em grupos de três, associada à trindade cristã, mas também relacionada aos signos do zodíaco, que tradicionalmente são divididos em quatro grupos de três signos cada. Além disso, a posição das janelas atrás de Cristo foi sugerida como uma representação do solstício de inverno.
A pintura "Madonna do Fuso" é uma obra atribuída a Leonardo da Vinci. Acredita-se que tenha sido pintada por volta de 1501-1504. A obra retrata Maria segurando o Menino Jesus enquanto uma jovem Santa Ana observa. O fuso que dá nome à pintura é um símbolo do destino e representa o fio da vida. A composição suave e delicada, característica de Leonardo, é evidente nessa obra. Atualmente, a pintura está em exibição na Galleria degli Uffizi, em Florença, Itália.
Embora Leonardo era um homem de mente científica e um grande defensor da astrologia. Ele buscava equilibrar a astrologia com a observação empírica e o método científico. Mesmo assim questionava e investigava os fundamentos para melhorar os seus estudos.
A história de Leonardo da Vinci em relação à astrologia revela seu interesse metafísico pelo mundo ao seu redor. Ele explorou a astrologia como uma forma de compreender o universo e as forças que moldam a existência humana. Ao combinar sua paixão pela arte, ciência e astrologia, Leonardo deixou um legado duradouro como um dos maiores gênios da história.
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