sexta-feira, 16 de maio de 2025

Astrologia e Ritos Mortuários


O Céu que Conduz os Mortos

Por Sidnei Teixeira

"Assim como há uma hora para nascer, há uma hora para morrer — e os astros marcam ambas com precisão invisível."

Desde os primórdios da humanidade, os rituais funerários não são apenas despedidas — são portais simbólicos, que representam a passagem da alma através de estágios celestes. Astrologia e ritos mortuários sempre caminharam juntos: o mapa astral da morte revela o "céu do adeus", enquanto os rituais garantem que a alma siga sua jornada com dignidade e direção.


1. A Morte no Mapa Astral: A Casa 8 e Seus Mistérios

Na astrologia tradicional, a Casa 8 é conhecida como a "Casa da Morte". Mas sua função vai além disso: ela fala de transformações irreversíveis, heranças, tabus e renascimentos ocultos. Quando um falecimento ocorre, astrólogos antigos observavam:

  • O regente da Casa 8 e seus aspectos
  • O planeta Marte (cortes) e Saturno (limites)
  • Trânsitos sobre a Lua (alma) e o Ascendente (porta da encarnação)

O céu da morte revela o tipo de passagem: suave, violenta, rápida, ritualizada, inesperada. Isso ajudava os antigos a escolherem o tipo de cerimônia mais adequado para honrar o espírito.


2. Rituais Mortuários: Ecos do Céu na Terra

Cada cultura, em sua sabedoria, criou rituais que imitam os ritmos do cosmos. Alguns exemplos:

  • Egito Antigo: Os rituais de embalsamamento duravam 70 dias — como o ciclo da estrela Sirius, associada à ressurreição.
  • Tibetanos: No “Livro dos Mortos”, os estágios pós-morte duram 49 dias, 7x7 — um ciclo lunar completo.
  • Cristianismo: O velório de 3 dias reflete o ciclo lunar da “Lua Nova”, símbolo de renascimento espiritual.

3. Embalsamar com Consciência Cósmica

No ato de embalsamar, tanatopraxistas são sacerdotes da forma. Manipulam o corpo para que ele repouse com dignidade, enquanto a alma segue para o alto.

Uma prática sutil, mas poderosa:

Realizar o embalsamamento em hora astrológica apropriada — por exemplo, evitar Marte retrógrado (sangramentos), escolher a hora de Vênus ou da Lua para paz e beleza.


4. Aqui está a lista completa com os 12 signos do zodíaco e seus possíveis estilos ou preferências simbólicas para rituais mortuários, considerando a energia de cada signo:


O Zodíaco e os Tipos de Rito Mortuário
Assinaturas espirituais do adeus

Áries – Rito breve e direto. Preferência por rapidez e ação. Pouca enrolação. O espírito quer seguir logo.

Touro – Cerimônia sensual e sensorial. Flores, perfumes, tecidos finos e objetos pessoais. O corpo é valorizado.

Gêmeos – Discurso, leitura de cartas, homenagens faladas. Comunicar memórias é essencial.

Câncer – Rito familiar e acolhedor. Muitos sentimentos, lágrimas, fotos, pratos favoritos. A casa vira santuário.

Leão – Cerimônia teatral e solar. Destaque ao legado e à nobreza da pessoa. Homenagens públicas.

Virgem – Rito organizado, limpo, detalhado. Simplicidade e discrição. Tudo feito com perfeição e respeito.

Libra – Cerimônia estética, equilibrada e elegante. Música ao vivo, decoração leve, atmosfera harmoniosa.

Escorpião – Rituais secretos, noturnos ou simbólicos. Velas, intenções místicas, desejo de conexão com o além.

Sagitário – Cerimônia filosófica ou religiosa. Discursos espirituais, referências à jornada da alma.

Capricórnio – Rito tradicional, sóbrio e digno. Homenagens formais, legado ancestral, respeito ao tempo.

Aquário – Cerimônia fora do comum. Pode ser ao ar livre, com tecnologia ou em estilo coletivo. Um adeus inovador.

Peixes – Velório espiritualizado. Orações, mantras, música suave, flores brancas e devocionais. Atmosfera transcendental.


5. O Céu Após a Morte: A Jornada da Alma

Antigos astrólogos como Plotino e Ficino falavam de um retorno da alma através das esferas planetárias:

  1. A alma sobe por Saturno (limite da matéria)
  2. Passa por Júpiter (o juiz)
  3. Por Marte (provas)
  4. Por Vênus (o amor vivido)
  5. Por Mercúrio (lições aprendidas)
  6. Pela Lua (memória e purificação)
  7. E retorna ao Sol, o centro

Cada planeta, neste caminho, filtra a alma, testando o que ela desenvolveu em vida.


Epílogo: Entre Céu e Terra

Enquanto o embalsamador cuida do corpo, o astrólogo observa os céus. Ambos, em silêncio, cuidam da travessia. Pois a morte, longe de ser o fim, é o grande retorno ao ritmo do cosmos.

"Todo corpo volta à terra. Toda alma, ao céu. Mas os ritos — e os astros — ajudam a alma a não se perder no caminho."



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