Johannes Kepler, um dos maiores astrônomos da história, também teve um envolvimento com a astrologia, embora suas visões tenham sido distintas de seu trabalho científico. Kepler nasceu em 1571 e é conhecido por suas leis do movimento planetário.
Embora Kepler tenha sido um estudioso dedicado da astronomia, ele também entendia a influência dos astros sobre a vida humana. Ele trabalhou como astrólogo pessoal para o imperador Rodolfo II e escreveu vários horóscopos para membros da nobreza.
Kepler entendia que os planetas exerciam uma influência sutil sobre os eventos e características da vida na Terra. Ele defendia que a posição dos astros no momento do nascimento de uma pessoa poderia revelar informações sobre sua personalidade, talentos e destino.
No entanto, é importante destacar que Kepler foi um dos responsáveis pelos novos conceitos astrológicos incluindo os chamados aspectos menores que até hoje são usados na astrologia moderna e estava disposto a inovar a astrologia e buscava encontrar bases que desmontava o sistema clássico que teve um crescimento cauteloso e milenar. Ele estava convencido de que a matemática era a chave para entender as relações entre os corpos celestes e a vida terrestre. E foi bem argumentativo com relação a prática da astrologia tradicional.
Com base nas teorias de Johannes Kepler, podemos estabelecer algumas relações interessantes entre os aspectos planetários ptolemaicos e os princípios geométricos que ele explorou. Embora Kepler tenha reinterpretado a astrologia de forma mais inovadora com relação aos aspectos, ele ainda reconhecia a importância dos aspectos tradicionais definidos por Ptolomeu. Aqui estão as conexões principais:
Aspectos Ptolemaicos e Proporções Geométricas
Ptolomeu descreveu cinco aspectos principais em sua obra Tetrabiblos:
Conjunção (0°)
Sextil (60°)
Quadratura (90°)
Trígono (120°)
Oposição (180°)
Kepler viu esses ângulos como manifestações de relações harmônicas matemáticas:
Conjunção (0°): Representa unidade ou início, sem tensão ou movimento relativo, semelhante ao ponto de partida de uma figura geométrica.
Oposição (180°): Uma divisão perfeita do círculo em duas partes iguais, associada à harmonia de contraste, como uma linha reta conectando dois extremos.
Trígono (120°): Divide o círculo em três partes iguais, relacionado ao triângulo equilátero, que Kepler considerava uma figura de grande harmonia.
Quadratura (90°): Divide o círculo em quatro partes iguais, ligado ao quadrado e à tensão dinâmica entre forças opostas.
Sextil (60°): Divide o círculo em seis partes iguais, associado ao hexágono, que Kepler valorizava pela frequência com que aparece na natureza (ex.: colmeias de abelhas).
Esses ângulos geométricos eram para Kepler representações matemáticas da "música das esferas" — proporções que criavam consonância ou dissonância.
Suas descobertas astronômicas, como as leis do movimento planetário e sua teoria das órbitas elípticas, foram fundamentais para o avanço da astronomia moderna. Essas leis forneceram uma explicação precisa dos movimentos planetários e ajudaram a refutar as teorias geocêntricas anteriores.
Embora Kepler tenha se envolvido com a astrologia, ele priorizava os novos conceitos da ciência. Ele enfatizou a importância de abordar a astrologia com ceticismo e posteriormente criticou aqueles que a utilizavam de forma dogmática.
No contexto histórico em que Kepler viveu, a astrologia era amplamente aceita e praticada. Muitos cientistas e estudiosos da época também se envolveram com essa disciplina, buscando uma compreensão mais profunda das relações entre os astros e o destino humano.
Embora Johannes Kepler tenha sido um astrônomo notável por suas contribuições científicas, ele também teve um interesse e envolvimento com a astrologia. Suas visões sobre o assunto eram complexas, buscando encontrar um equilíbrio entre o estudo da influência dos astros e uma abordagem científica fundamentada na na ciência moderna.
e o tempo de órbita deles foi calculado pela ciência com base nas leis do movimento planetário.
A astrologia pega essa harmonia dos planetas e interpreta o impacto dela na sua vida.
A TERCEIRA LEI DE KEPLER
A dança cósmica: conectando Kepler e astrologia
Agora, vamos mudar o tom, criar uma abordagem visual, quase como se estivéssemos desenhando um mapa mental juntos. Quero que você imagine cada conceito como uma peça que se encaixa em um quebra-cabeça maior.
O QUE É A TERCEIRA LEI DE KEPLER?
Imagine que o Sistema Solar é um grande carrossel cósmico. No centro, o Sol é como o motor que faz tudo girar. Agora, pense nos planetas como cavalinhos nesse carrossel, cada um com seu ritmo.
Os mais próximos do centro (Mercúrio, Vênus): giram mais rápido, porque estão perto do motor.
Os mais distantes (Saturno, Netuno): levam mais tempo, porque têm um trajeto maior para percorrer.
A Terceira Lei de Kepler é a regra que organiza esse carrossel, garantindo que nenhum cavalinho colida e que tudo funcione perfeitamente. Não é mágica; é matemática celestial.
Visualize assim: cada órbita é uma dança em harmonia, com o tempo certo para cada passo.
COMO ISSO CONECTA COM A ASTROLOGIA?
Agora imagine que você está no centro desse carrossel olhando para cima. Os planetas não só giram, mas também formam ângulos uns com os outros enquanto se movem. Esses ângulos são os aspectos astrológicos, como conversas entre os dançarinos do cosmos.
Quando os planetas formam um trígono (120°): é como dois dançarinos em perfeita sincronia.
Quando formam uma quadratura (90°): é como um ensaio tenso, onde eles se desafiam.
Os aspectos são como a música da dança, que pode ser harmoniosa ou intensa, dependendo da energia entre os planetas.
UMA ANALOGIA SIMPLES
Imagine que o céu é um relógio antigo, daqueles com ponteiros e engrenagens.
Os planetas são os ponteiros. Cada um tem sua velocidade: Mercúrio é o ponteiro dos segundos (rápido), Saturno é o ponteiro das horas (lento).
As engrenagens que conectam esses ponteiros são a Terceira Lei de Kepler.
Sem essas engrenagens, o relógio para. Mas com elas, o tempo flui, e a astrologia pode interpretar o que cada ponteiro está apontando em sua vida.
Dica prática: Quando os ponteiros (planetas) formam ângulos (aspectos), eles "avisam" qual momento da sua vida está pedindo atenção ou ação.
TRANSFORMANDO SUA VISÃO DE VIDA
A dança dos planetas não é só bonita de assistir; ela te ensina a navegar pelos ciclos da vida.
Um trígono é como remar a favor da correnteza. Tudo flui mais fácil.
Uma quadratura é como remar contra a maré. Dá trabalho, mas te deixa mais forte.
A astrologia traduz essa dinâmica para que você saiba quando agir e quando esperar. É como ter um GPS cósmico, guiando você pelo melhor caminho.
CHAMADO PARA AÇÃO
Pensa comigo:
Se os planetas seguem essas leis universais para criar harmonia, por que você não pode usar essas mesmas leis para alinhar sua vida?
Você não precisa entender todas as fórmulas, só precisa saber que elas funcionam.
O segredo é entender os ciclos do céu e sincronizar suas ações com eles.
Exercício prático:
Escolha um aspecto do dia (exemplo: quadratura entre Marte e Saturno).
Pergunte-se: "O que esse aspecto está me pedindo?"
Marte pode pedir ação; Saturno, paciência.
Aplique isso no que você precisa resolver hoje.
A mensagem final é simples: O céu está em movimento, e você faz parte dessa dança. Use as engrenagens do cosmos para alinhar seus passos com os ciclos do Universo. A harmonia está a um pensamento de distância.
Cláudio Ptolomeu, o renomado astrônomo, também desempenhou um papel significativo na história da astrologia. Embora seja mais conhecido por suas contribuições para a astronomia e a geografia, Ptolomeu também escreveu extensivamente sobre a astrologia em sua obra "Tetrabiblos".
No "Tetrabiblos", Ptolomeu explorou os princípios e práticas da astrologia, buscando estabelecer uma base teórica para essa disciplina. Ele entendia que os movimentos dos corpos celestes influenciavam diretamente a vida na Terra e que era possível interpretar essas influências por meio do estudo dos astros.
Ptolomeu dividiu a astrologia em três ramos principais: astrologia natal, astrologia eletiva e astrologia universal. A astrologia natal se concentra no estudo do mapa astral de uma pessoa no momento de seu nascimento, buscando revelar traços de personalidade, talentos e tendências futuras.
A astrologia eletiva está relacionada à escolha do momento mais favorável para realizar determinadas atividades ou empreendimentos, como casamentos, viagens ou negócios. Ptolomeu explicava que escolher o momento correto poderia trazer melhores resultados.
Por fim, a astrologia universal examina os padrões e eventos astronômicos em larga escala, como eclipses solares ou lunares, para fazer previsões sobre fenômenos naturais e mudanças sociais.
Embora Ptolomeu tenha contribuído para a sistematização e compreensão da astrologia em seu tempo, suas ideias foram posteriormente contestadas e desenvolvidas por outros astrólogos ao longo dos séculos. A astrologia evoluiu para diferentes correntes e abordagens, com interpretações variadas dos efeitos dos astros na vida humana.
Hoje em dia, a astrologia continua a ser praticada e estudada por muitas pessoas ao redor do mundo, embora ja tenha sido considerada um estudo científico é importante ressaltar que desde as opressões causadas pelo controle político da época se tornou descartada pela comunidade científica moderna. A influência de Ptolomeu na história da astrologia é inegável, pois suas obras ajudaram a estabelecer as bases teóricas e práticas dessa disciplina milenar.
Leonardo da Vinci, o renomado artista e inventor do Renascimento, tinha um fascínio pela astrologia ao longo de sua vida. Embora seja mais conhecido por suas obras de arte e invenções revolucionárias, a astrologia desempenhou um papel significativo em sua busca pelo conhecimento.
Leonardo entendia que os corpos celestes influenciavam diretamente a vida na Terra. Ele estudou as posições dos planetas, as fases da lua e os movimentos dos astros para entender melhor as forças cósmicas que afetam a humanidade. Leonardo via a astrologia como uma ciência que poderia revelar segredos sobre o destino humano e as interações entre o céu e a Terra.
Em seus cadernos de anotações, Leonardo registrou observações astrológicas detalhadas. Ele estudou o zodíaco e os signos do horóscopo para entender como eles se relacionavam com os eventos históricos e individuais. Acreditava-se que cada pessoa tinha um mapa astral único, determinado pela posição dos planetas no momento do nascimento, e Leonardo estava interessado em desvendar os mistérios por trás dessas influências celestes.
Ele também explorou temas astrológicos em suas obras científicas, como seus estudos sobre anatomia humana e proporção áurea.
A Codex Leicester, também conhecida como Codex Hammer, é um famoso manuscrito escrito por Leonardo da Vinci entre 1506 e 1510. É composto por 18 folhas de papel e contém uma coleção de escritos e desenhos de Leonardo sobre vários temas, principalmente relacionados com os astros e à água. O manuscrito recebeu o nome de Thomas Coke, Conde de Leicester, que o adquiriu em 1717. A Codex Leicester é considerada uma das obras mais importantes e valiosas de Leonardo da Vinci, pois revela seu pensamento científico e observações detalhadas sobre o mundo natural.
Além disso, Leonardo usava a astrologia em sua arte. Ele incorporava elementos astrológicos em suas pinturas, como a "Última Ceia", onde os apóstolos são retratados de acordo com os signos do zodíaco.
Por exemplo, há interpretações que apontam para a disposição das figuras em grupos de três, associada à trindade cristã, mas também relacionada aos signos do zodíaco, que tradicionalmente são divididos em quatro grupos de três signos cada. Além disso, a posição das janelas atrás de Cristo foi sugerida como uma representação do solstício de inverno.
A pintura "Madonna do Fuso" é uma obra atribuída a Leonardo da Vinci. Acredita-se que tenha sido pintada por volta de 1501-1504. A obra retrata Maria segurando o Menino Jesus enquanto uma jovem Santa Ana observa. O fuso que dá nome à pintura é um símbolo do destino e representa o fio da vida. A composição suave e delicada, característica de Leonardo, é evidente nessa obra. Atualmente, a pintura está em exibição na Galleria degli Uffizi, em Florença, Itália.
Embora Leonardo era um homem de mente científica e um grande defensor da astrologia. Ele buscava equilibrar a astrologia com a observação empírica e o método científico. Mesmo assim questionava e investigava os fundamentos para melhorar os seus estudos.
A história de Leonardo da Vinci em relação à astrologia revela seu interesse metafísico pelo mundo ao seu redor. Ele explorou a astrologia como uma forma de compreender o universo e as forças que moldam a existência humana. Ao combinar sua paixão pela arte, ciência e astrologia, Leonardo deixou um legado duradouro como um dos maiores gênios da história.
Ciência ortodoxa, também conhecida como ciência acadêmica ou mainstream, sempre teve uma relação complexa com a astrologia ao longo da história. Inicialmente, a astrologia era considerada uma parte integrante da astronomia e da cosmologia.
Na antiguidade, civilizações como os babilônios e os egípcios já praticavam a astrologia como uma forma de prever eventos e compreender o mundo. Entendia-se que os corpos celestes influenciavam diretamente a vida na Terra. No entanto, com o surgimento da ciência grega, como uma nova perspectiva e o método científico mudado, a astrologia começou a ser questionada.
Com o avanço da astronomia no período helênico, nomes como Ptolomeu e Hiparco contribuíram para a compreensão dos movimentos planetários de forma mais precisa. No entanto, mesmo com essas contribuições científicas, a astrologia continuou sendo praticada e considerada uma disciplina legítima.
Foi na Idade Média que a astrologia se tornou uma parte central da cultura europeia. A Igreja Católica via na astrologia uma maneira de interpretar o plano divino e até mesmo papas renomados, como Urbano VIII, consultavam astrólogos em momentos cruciais.
No entanto, a Santa Inquisição começou a atacar mais severamente os astrólogos durante os séculos XV e XVI, especialmente durante o período da Inquisição Espanhola. No renascimento que teve início no século XIV, na Itália, e estendeu-se até o século XVII, com a influência da santa inquisição, as novas metodologias de estudos usadas nas novas descobertas astronômicas de Copérnico e Galileu Galilei, a astrologia começou a enfrentar um crescente comportamento ceticista por parte dos cientistas ortodoxos (CIENCIA MODERNA) para evitar conflitos com a igreja. O novo método científico estava se desenvolvendo e buscava explicações baseadas em observações e experimentos controlados por um novo pensamento, enquanto a astrologia começava, a partir daí, se basear em suposições subjetivas e interpretações simbólicas devido a falta de suporte da ciência.
Ao longo da história, a abordagem científica evoluiu significativamente. Enquanto a ciência contemporânea enfatiza a investigação das causas por trás dos fenômenos, séculos atrás, a aceitação dos estudos científicos baseava-se em resultados práticos concretos. Na antiguidade e na Idade Média, a observação e a demonstração de efeitos tangíveis muitas vezes bastavam para validar descobertas. Já nos tempos atuais, a busca pelas explicações causais e pela compreensão dos mecanismos subjacentes tornou-se fundamental para que haja aceitação de estudos como científicos. Essa mudança tirou a astrologia de circulação do campo da ciência, mesmo mostrando resultados práticos e concretos.
O SOL E A LUA NA HISTÓRIA
Antigamente, Sol e Lua eram considerados planetas. Isso mudou por volta do século XVI quando o modelo heliocêntrico de Copérnico ganhou aceitação. Nesse modelo, o Sol estava no centro do sistema solar, e os planetas, incluindo a Terra, orbitavam ao seu redor. Como o Sol deixou de ser visto como um objeto em órbita de outro planeta, ele não era mais considerado um planeta. A Lua também foi excluída dessa categoria porque não orbita a Terra no mesmo sentido que os planetas orbitam o Sol.
Na astrologia, o Sol e a Lua são considerados planetas, mas é mais por uma questão de cálculo e perspectiva terrestre do que uma crença literal de que a Terra é o centro do universo. Os astrólogos reconhecem que o Sol é o centro do sistema solar, mas na prática astrológica, a Terra é considerada o ponto de referência principal.
No século XVII, a astrologia começou a perder seu status como um estudo respeitável. Muitos cientistas ortodoxos passaram a considerá-la uma pseudociência, rejeitando-a como uma prática supersticiosa sem fundamentos sólidos.
Atualmente, a astrologia é considerada uma prática esotérica ou uma forma de entretenimento para muitas pessoas, mas não é reconhecida como uma ciência legítima pela comunidade científica ortodoxa. A ciência moderna concentra-se em explicações naturais baseadas nessas novas teorias e um novo método científico, deixando a astrologia fora de seu escopo.
Podendo até mesmo haver problemas legais se algum astrólogo insistir na idéia de que a astrologia é uma ciência.
O objetivo deste artigo é mostrar que a astrologia carrega uma bagagem de conhecimento que não pode ser descartada como lixo. E por isso, que atualmente, a astrologia é frequentemente descrita como uma linguagem simbólica e transcendental que busca compreender e interpretar o papel dos astros no destino humano. Esta visão da astrologia reconhece que suas práticas e interpretações vão além das noções convencionais de linguagem, buscando transmitir significados mais profundos por meio de símbolos e metáforas. A linguagem simbólica da astrologia se baseia no conceito de que os movimentos dos corpos celestes refletem padrões e influências que podem ser interpretados para fornecer um conhecimento sobre uma outra natureza do universo e o papel dos astros na vida terrena.
A transcendência da astrologia está relacionada à sua capacidade de ir além das limitações da linguagem comum, buscando conectar as dimensões espirituais e simbólicas da existência humana com os padrões celestes. Nesse sentido, a astrologia procura oferecer uma compreensão mais profunda do mundo e de nós mesmos, reconhecendo a importância da riqueza simbólica e espiritual que ela carrega.
Ao considerar a astrologia como uma linguagem transcendental, reconhecemos seu potencial para proporcionar um esclarecimento profundo sobre o universo e as forças que moldam nossas vidas. Essa abordagem ressalta a importância de preservar a integridade da astrologia como um estudo milenar, garantindo que suas interpretações e práticas sejam transmitidas fielmente para as futuras gerações. Dessa forma, ao honrar a sabedoria acumulada ao longo de milênios, estamos comprometidos em proteger sua autenticidade e valor, reconhecendo sua importância contínua no entendimento do mundo e de nós mesmos.
Na NASA, existe um poster pendurado com abelhas e escrita uma frase que diz assim:
"Aerodinamicamente o corpo de uma abelha não é feito para voar; o bom é que a abelha não sabe".
E mesmo assim a ciência ortodoxa desafia a astrologia.
A astrologia, apesar de desafiada pela ciência ortodoxa, oferece um potencial significativo ao fornecer um conhecimento milenar sobre os padrões comportamentais e ciclos cósmicos. Assim como a abelha voa apesar das limitações percebidas, a astrologia oferece uma perspectiva única que transcende as explicações científicas convencionais, proporcionando orientação e compreensão transcendental sobre o universo. A frase ilustra que há aspectos da existência que escapam à explicação puramente científica. Portanto são áreas distintas, e não faz sentido a ciência ortodoxa questionar a astrologia, pois seu valor reside na interpretação simbólica e na conexão com o mistério e a complexidade do universo.
🌞 Solstício e Equinócio: Portais Cósmicos da Roda do Ano A dança da Terra com o Sol — quando o tempo se curva diante do sagrado
Desde a aurora da consciência humana, o céu tem sido um templo aberto. Nele, antigos sábios, xamãs e astrônomos identificaram momentos em que a luz muda seu curso — como se o próprio tempo respirasse. Esses momentos são os Solstícios e os Equinócios: quatro portais sagrados que dividem o ano, marcando o ritmo das estações, da vida e do espírito.
📜 Origem das Palavras
Solstício vem do latim solstitium, “ponto em que o Sol parece estar parado”. Isso ocorre porque, nessas datas, o Sol atinge seu afastamento máximo do equador celeste — como se hesitasse antes de mudar sua trajetória. Equinócio, do latim aequinoctium, significa “noite igual”. São os dias de perfeito equilíbrio, em que luz e sombra compartilham igualmente as 24 horas do ciclo terrestre.
🌍 A Mecânica Celeste em Imagens Poéticas
Imaginemos a Terra como uma dançarina cósmica. Seu eixo inclinado em cerca de 23,5° define a alternância das estações. Enquanto gira ao redor do Sol, quatro momentos se destacam — como compassos harmônicos de uma sinfonia estelar:
🔆 1. Solstício de Verão Datas: 21 de junho (HN) / 22 de dezembro (HS) Imagem simbólica: A Terra inclina-se em direção ao Sol, como quem oferece um abraço ardente. O astro-rei, tocado por tal gesto, retribui com luz abundante e dias prolongados. Clima espiritual: Tempo de florescimento, expansão e partilha. A energia vital atinge seu ápice. Signo regente: ♋ Câncer (HN) / ♑ Capricórnio (HS)
❄️ 2. Solstício de Inverno Datas: 21 de dezembro (HN) / 21 de junho (HS) Imagem simbólica: A Terra afasta-se suavemente do Sol, como quem recolhe-se em silêncio para um retiro. O Sol responde com uma luz tênue e contemplativa. Clima espiritual: É o momento do recolhimento, da interiorização e do planejamento do invisível. Signo regente: ♑ Capricórnio (HN) / ♋ Câncer (HS)
🌸 3. Equinócio de Primavera Datas: 21 de março (HN) / 22 de setembro (HS) Imagem simbólica: A Terra se ergue em equilíbrio, como uma bailarina que desperta para o seu grande ato. Clima espiritual: Início, recomeço, fertilidade. A luz retorna com renovada esperança. Signo regente: ♈ Áries (HN) / ♎ Libra (HS)
🍂 4. Equinócio de Outono Datas: 23 de setembro (HN) / 21 de março (HS) Imagem simbólica: A Terra curva-se diante do Sol, em gesto de gratidão. Um adeus suave ao calor, um convite ao recolhimento. Clima espiritual: Época de equilíbrio, reflexão e colheita do que foi semeado. Signo regente: ♎ Libra (HN) / ♈ Áries (HS)
🔭 O Relógio Sideral dos Antigos
Civilizações ancestrais enxergavam nesses marcos não apenas fenômenos astronômicos, mas portais de transição entre mundos visíveis e invisíveis:
Os Egípcios construíram templos como Abu Simbel, alinhados ao nascer do Sol nos solstícios.
Os Maias ergueram pirâmides cujas sombras formam serpentes nos equinócios.
Celtas e Druidas celebravam os sabás sazonais: Yule, Litha, Mabon e Ostara.
Os Hindus reverenciam o Sol com o Makar Sankranti, marco da entrada do astro em Capricórnio.
Os Chineses interpretam esses eventos dentro da harmonia entre Yin e Yang, guiados pelo Tao.
🌟 Os Guardiões das Estações
Os signos cardinais do Zodíaco Tropical são os pilares que sustentam a cruz das estações:
♈ Áries – A centelha do renascimento: início da primavera (HN) ou colheita do outono (HS).
♋ Câncer – O seio luminoso da vida: auge do verão (HN) ou sabedoria do recolhimento (HS).
♎ Libra – O equilíbrio da colheita: outono (HN) ou a alvorada da primavera (HS).
♑ Capricórnio – A sabedoria do inverno: repouso no hemisfério norte, ou exuberância solar no sul.
🕰️ Um Convite ao Sagrado
Cada um desses portais é uma iniciação. Um convite para que a alma sintonize seu tempo interno com os ritmos da natureza:
Na primavera, desperte.
No verão, expanda-se.
No outono, equilibre-se.
No inverno, recolha-se.
Mais do que divisões celestes, os Solstícios e Equinócios são lembretes cósmicos: o tempo não é linha reta, mas uma espiral sagrada — e nela, a alma pode se refazer, girar, transmutar.
A astrologia mesopotâmica, com suas observações rudimentares dos movimentos celestes e sua relação com a vida humana na terra, influenciou a astrologia indiana. Por outro lado, a tradição védica na Índia desenvolveu suas próprias práticas astrológicas únicas, enraizadas nos Vedas e nos sistemas de conhecimento Indianos.
O ZODIACO SIDERAL:
O zodíaco Sideral é uma forma alternativa de dividir o céu em 12 signos, baseada nas constelações. Diferente do zodíaco Tropical, que é amplamente utilizado no Ocidente e é baseado nas estações do ano.
- Áries: 15 de abril a 15 de maio
- Touro: 16 de maio a 15 de junho
- Gêmeos: 16 de junho a 15 de julho
- Câncer: 16 de julho a 15 de agosto
- Leão: 16 de agosto a 15 de setembro
- Virgem: 16 de setembro a 15 de outubro
- Libra: 16 de outubro a 15 de novembro
- Escorpião: 16 de novembro a 15 de dezembro
- Sagitário: 16 de dezembro a 14 de janeiro
- Capricórnio: 15 de janeiro a 14 de fevereiro
- Aquário: 15 de fevereiro a 14 de março
- Peixes: 15 de março a 14 de abril
Dentro do zodíaco Sideral, existem os Nakshatras, que são divisões menores das constelações. São 27 Nakshatras no total, cada um representando uma energia específica e possuindo características únicas.
Cada Nakshatra possui uma deidade associada e governa diferentes áreas da vida. Eles são usados na astrologia Védica para análise de personalidade, previsões e seleção de datas auspiciosas.
Os Nakshatras também estão relacionados aos planetas e aos elementos da natureza. Cada Nakshatra tem uma qualidade específica, como fixo, mutável ou móvel, que influencia as características individuais.
Ao contrário dos signos do zodíaco Tropical, que têm duração fixa de um mês, os Nakshatras têm duração variável ao longo do ano. Isso significa que a posição dos planetas em relação aos Nakshatras pode variar significativamente entre os sistemas Sideral e Tropical.
Alguns astrólogos acreditam que o zodíaco Sideral é mais preciso para previsões e análises astrológicas, pois leva em conta as posições reais das estrelas. E outros astrólogos acreditam ser o contrário. No entanto, a escolha entre o zodíaco Sideral e Tropical depende da tradição astrológica seguida e das preferências individuais. E certamente cada um funciona de acordo com a sua cultura e técnicas.
É, na verdade, bem mais produtivo para quem estuda, saber as técnicas da astrologia que escolheu e saber trabalhar com elas do que tentar "acreditar" qual astrologia e verdadeira!
Os Nakshatras são uma parte fascinante da astrologia Védica e oferecem uma perspectiva única sobre a personalidade e a vida de uma pessoa. Eles nos ajudam a compreender melhor os padrões cósmicos e a influência dos astros em nossas vidas.
As datas no calendário podem variar de acordo com o ano e a localização, mas aqui estão os nomes e significados das 27 nakshatras da astrologia védica:
1. Ashwini - 0°00' a 13°20' de Áries - Iniciativa e energia.
2. Bharani - 13°20' a 26°40' de Áries - Nutrição e proteção.
3. Krittika - 26°40' de Áries a 10°00' de Touro - Fogo criativo e purificação.
4. Rohini - 10°00' a 23°20' de Touro - Nutrição e fertilidade.
5. Mrigashirsha - 23°20' de Touro a 6°40' de Gêmeos - Exploração e busca.
6. Ardra - 6°40' a 20°00' de Gêmeos - Transformação e cura.
7. Punarvasu - 20°00' de Gêmeos a 3°20' de Câncer - Renovação e expansão.
8. Pushya - 3°20' a 16°40' de Câncer - Nutrição emocional e espiritual.
9. Ashlesha - 16°40' a 30°00' de Câncer - Intuição e conexão profunda.
10. Magha - 0°00' a 13°20' de Leão - Poder e autoridade.
11. Purva Phalguni - 13°20' a 26°40' de Leão - Amor e romance.
12. Uttara Phalguni - 26°40' de Leão a 10°00' de Virgem - Compaixão e serviço.
13. Hasta - 10°00' a 23°20' de Virgem - Habilidade prática e destreza.
14. Chitra - 23°20' de Virgem a 6°40' de Libra - Criatividade e beleza.
15. Swati - 6°40' a 20°00' de Libra - Liberdade e equilíbrio.
16. Vishakha - 20°00' de Libra a 3°20' de Escorpião - Determinação e liderança.
17. Anuradha - 3°20' a 16°40' de Escorpião - Compromisso e amizade.
18. Jyeshtha - 16°40' a 30°00' de Escorpião - Sabedoria ancestral e discernimento.
19. Mula - 0°00' a 13°20' de Sagitário - Transformação profunda e desapego.
20. Purva Ashadha - 13°20' a 26°40' de Sagitário - Determinação e busca espiritual.
21. Uttara Ashadha - 26°40' de Sagitário a 10°00' de Capricórnio - Vitória e realização.
22. Shravana - 10°00' a 23°20' de Capricórnio - Aprendizado e sabedoria divina.
23. Dhanishta - 23°20' de Capricórnio a 6°40' de Aquário - Realização material e prosperidade.
24. Shatabhisha - 6°40' a 20°00' de Aquário - Curiosidade intelectual e pesquisa.
25. Purva Bhadrapada - 20°00' de Aquário a 3°20' de Peixes - Espiritualidade elevada e compaixão universal.
26. Uttara Bhadrapada - 3°20' a 16°40' de Peixes - Iluminação espiritual e serviço desinteressado.
27. Revati - 16°40' a 30°00' de Peixes - Compaixão e conexão cósmica.
OS PRINCIPAIS SISTEMAS:
Na Índia, a astrologia sideral é conhecida como Jyotish, que significa "ciência da luz" em sânscrito. Dentro da tradição do Jyotish, existem principalmente três tipos de sistemas de astrologia sideral amplamente seguidos: Nadi, Parashari e Jaimini.
1. Nadi Astrology: Este sistema baseia-se nas escrituras antigas e contêm os destinos de certas pessoas que estão destinadas a encontrá-las. Os Nadi granthas (manuscritos) contêm previsões detalhadas para indivíduos, escritas milhares de anos atrás.
2. Parashari Astrology: É baseado nos ensinamentos do sábio Parashara e é o sistema mais amplamente seguido na Índia. Ele utiliza princípios complexos de interpretação astrológica para prever eventos e tendências na vida das pessoas.
3. Jaimini Astrology: Este sistema é baseado nos ensinamentos do sábio Jaimini e tem uma abordagem única em relação a certos princípios astrológicos, enfatizando os planetas em signos específicos e outras técnicas de interpretação.
Esses são os principais sistemas de astrologia sideral praticados na Índia, cada um com suas próprias tradições, técnicas e seguidores.
Existem dezenas de astrologias indianas. Além do fato de que a astrologia indiana mais conhecida aqui no ocidente não é a mais antiga.
Os signos do zodíaco têm sido associados aos arquétipos na psicologia, que são padrões universais de comportamento e características simbólicas presentes no inconsciente coletivo. Cada signo possui um arquétipo associado, que pode influenciar a forma como os pais se comportam e interagem com seus filhos.
Os arquétipos são representações simbólicas profundamente enraizadas na psique humana. Eles refletem características e papéis fundamentais que desempenhamos na vida. Ao relacionar os signos do zodíaco com os arquétipos, podemos explorar como essas energias arquetípicas se manifestam nos pais.
Por exemplo, o pai de Áries é frequentemente associado ao arquétipo do Guerreiro. Esse pai tende a ser corajoso, assertivo e protetor. Ele pode incentivar seus filhos a enfrentarem desafios, estimulando neles um senso de coragem e confiança.
Já o pai de Touro é muitas vezes relacionado ao arquétipo do Provedor. Ele valoriza a estabilidade material e busca garantir o conforto financeiro da família. Esse pai tende a ser confiável e estável, oferecendo segurança aos seus filhos.
Cada signo tem seu próprio arquétipo associado, como o Comunicador para Gêmeos, o Cuidador para Câncer, o Rei ou Rainha para Leão, entre outros. Esses arquétipos podem influenciar as dinâmicas familiares, moldando a forma como os pais se relacionam com seus filhos.
No entanto, é importante lembrar que os arquétipos são representações simbólicas e generalizações. Cada indivíduo é único e pode manifestar características de diferentes arquétipos. As influências parentais são complexas e podem ser moldadas por diversos fatores além do signo do zodíaco.
Ao explorar a relação entre signos e arquétipos, podemos obter uma compreensão mais ampla dos padrões de comportamento dos pais. No entanto, é crucial considerar cada indivíduo em sua singularidade, reconhecendo que a psicologia dos arquétipos é apenas uma lente para entender as dinâmicas familiares.
Vou explicar um pouco mais sobre cada pai de acordo com seu signo:
- Áries: Um pai de Áries é cheio de energia e coragem, e gosta de desafiar seus filhos a serem corajosos também. Ele pode ser um pouco impulsivo, mas sempre está disposto a proteger seus filhos.
- Touro: Um pai taurino é prático e valoriza a estabilidade da família. Ele pode ser um pouco teimoso às vezes, mas sempre está disposto a ajudar seus filhos em tudo o que precisarem.
- Gêmeos: Um pai geminiano é comunicativo e brincalhão, sempre disposto a conversar com seus filhos sobre qualquer assunto. Ele pode ser um pouco disperso, mas sempre tenta estar presente na vida de seus filhos.
- Câncer: Um pai canceriano é carinhoso e protetor, sempre preocupado com o bem-estar de seus filhos. Ele pode ser um pouco superprotetor, mas sempre está pronto para oferecer conforto e segurança.
- Leão: Um pai leonino é orgulhoso e generoso, sempre disposto a apoiar seus filhos em suas conquistas. Ele pode ser um pouco autoritário às vezes, mas sempre está pronto para dar amor e carinho.
- Virgem: Um pai virginiano é organizado e atencioso aos detalhes, sempre preocupado com a educação e o desenvolvimento de seus filhos. Ele pode ser um pouco crítico às vezes, mas sempre quer o melhor para sua família.
- Libra: Um pai libriano é equilibrado e valoriza a harmonia familiar. Ele pode ser um pouco indeciso às vezes, mas sempre tenta encontrar um equilíbrio entre as necessidades de seus filhos e as da família como um todo.
- Escorpião: Um pai escorpiano é intenso e dedicado, sempre disposto a proteger sua família a todo custo. Ele pode ser um pouco ciumento e possessivo às vezes, mas sempre tem um amor profundo por seus filhos.
- Sagitário: Um pai sagitariano é aventureiro e divertido, sempre disposto a explorar o mundo com seus filhos. Ele pode ser um pouco imprudente às vezes, mas sempre quer que seus filhos sejam felizes e livres.
- Capricórnio: Um pai capricorniano é disciplinado e determinado, sempre incentivando seus filhos a trabalhar duro para alcançar seus objetivos. Ele pode ser um pouco distante emocionalmente às vezes, mas sempre quer que seus filhos sejam bem-sucedidos na vida.
- Aquário: Um pai aquariano é original e incentiva a independência dos filhos. Ele pode ser um pouco excêntrico às vezes, mas sempre respeita a individualidade de seus filhos e os incentiva a seguir seu próprio caminho.
- Peixes: Um pai pisciano é sensível e sonhador, sempre disposto a apoiar os sonhos de seus filhos. Ele pode ser um pouco distraído às vezes, mas sempre tem um amor incondicional por sua família.