sábado, 23 de dezembro de 2023
GALILEU GALILEI
segunda-feira, 18 de dezembro de 2023
NOSTRADAMUS
NOSTRADAMUS: O VIDENTE DAS ESTRELAS
No coração do Renascimento, um homem olhava para o céu com mais do que admiração. Ele via ali um roteiro invisível da história humana, codificado nas órbitas dos planetas e nas luzes das estrelas. Seu nome: Michel de Nostredame, mais conhecido como Nostradamus — médico, astrólogo e visionário. Uma figura que atravessa os séculos como símbolo da astrologia profética e da eterna busca por compreender o destino.
Ciência, estrelas e símbolos
Nascido em 1503, em Saint-Rémy-de-Provence, França, Nostradamus cresceu em uma época onde ciência, religião e misticismo formavam um só corpo de conhecimento. Estudou medicina e atuou no combate à peste, mas foi nas ciências celestes que encontrou seu verdadeiro chamado.
A astrologia do século XVI era uma prática respeitada, estudada nas universidades, ligada à medicina e ao calendário agrícola, embora já enfrentasse resistência da Igreja. Nostradamus, ciente disso, teve o cuidado de evitar previsões que pudessem ser associadas à heresia ou feitiçaria, preservando-se dentro de uma postura mais simbólica e poética.
Les Prophéties: O livro que desafiou o tempo
Em 1555, ele publica Les Prophéties, um conjunto de centúrias — cem quadras poéticas em cada seção — escritas em linguagem velada, repleta de metáforas, referências astrológicas e imagens simbólicas. É nesse estilo enigmático que se encontra parte do fascínio: são textos que permitem múltiplas leituras e continuam despertando interpretações até hoje.
Nostradamus não era apenas um poeta inspirado. Seus escritos demonstram profundo domínio da astrologia judiciária, que trata dos grandes eventos coletivos. Ele combinava mapas natais, conjunções planetárias, eclipses e estrelas fixas, além de referências históricas e visões que pareciam ultrapassar os limites de sua época. Todos esses elementos eram anotados e calculados manualmente, como exigia a prática da época.
O caso Henrique II: A quadra que virou lenda
Entre suas previsões mais citadas, destaca-se a morte do rei Henrique II da França. Em uma de suas quadras mais famosas, lemos:
“O jovem leão vencerá o velho em campo de batalha;
num único combate, seu olho será perfurado por uma lança de ouro;
duas feridas se tornarão uma,
e ele morrerá de morte cruel.”
Quatro anos após a publicação, em 1559, o rei foi atingido no olho por uma lasca de lança durante um torneio, morrendo dias depois. O acontecimento causou espanto na corte e selou a fama de Nostradamus como profeta. A rainha Catarina de Médici, impressionada, o chamou à corte, nomeando-o conselheiro real e astrólogo oficial.
O legado que resiste aos séculos
Hoje, quase 500 anos depois, o nome de Nostradamus ainda circula pelo imaginário coletivo. Suas obras originais estão preservadas na Bibliothèque nationale de France, e suas centúrias continuam a ser analisadas por astrólogos, pesquisadores e curiosos do mundo todo.
Na cidade de Salon-de-Provence, no sul da França, está o Museu de Nostradamus, onde podem ser vistos seus instrumentos, manuscritos e representações de suas técnicas astrológicas. A cidade mantém viva sua memória como ponto de peregrinação esotérica e cultural.
Mais recentemente, astrólogos modernos vêm revisitando seus métodos, adaptando seus princípios à linguagem dos softwares astrológicos contemporâneos. Ferramentas digitais permitem simular os céus de épocas passadas com exatidão, o que oferece novas formas de verificar — e reinterpretar — as previsões nostradâmicas à luz de dados mais precisos.
Uma mente entre o céu e a história
O que torna Nostradamus singular não é apenas sua capacidade de prever, mas o modo como ele integrou astrologia, medicina, história e espiritualidade em uma visão profunda da condição humana. Seu olhar era o de um homem à frente de seu tempo, mas firmemente enraizado na tradição celeste.
Mais do que um profeta, ele foi um decifrador dos ciclos do tempo, mostrando que a astrologia é uma linguagem viva — capaz de revelar o invisível e transformar a percepção da realidade.
O céu continua falando
Em um mundo que busca respostas no caos, o nome Nostradamus ainda brilha como uma lembrança de que os astros, quando bem compreendidos, não mentem. Eles apenas esperam que alguém saiba escutá-los.
domingo, 17 de dezembro de 2023
JOHANNES KEPLER
A dança cósmica: conectando Kepler e astrologia
Agora, vamos mudar o tom, criar uma abordagem visual, quase como se estivéssemos desenhando um mapa mental juntos. Quero que você imagine cada conceito como uma peça que se encaixa em um quebra-cabeça maior.
O QUE É A TERCEIRA LEI DE KEPLER?
Imagine que o Sistema Solar é um grande carrossel cósmico. No centro, o Sol é como o motor que faz tudo girar. Agora, pense nos planetas como cavalinhos nesse carrossel, cada um com seu ritmo.
- Os mais próximos do centro (Mercúrio, Vênus): giram mais rápido, porque estão perto do motor.
- Os mais distantes (Saturno, Netuno): levam mais tempo, porque têm um trajeto maior para percorrer.
A Terceira Lei de Kepler é a regra que organiza esse carrossel, garantindo que nenhum cavalinho colida e que tudo funcione perfeitamente. Não é mágica; é matemática celestial.
Visualize assim: cada órbita é uma dança em harmonia, com o tempo certo para cada passo.
COMO ISSO CONECTA COM A ASTROLOGIA?
Agora imagine que você está no centro desse carrossel olhando para cima. Os planetas não só giram, mas também formam ângulos uns com os outros enquanto se movem. Esses ângulos são os aspectos astrológicos, como conversas entre os dançarinos do cosmos.
- Quando os planetas formam um trígono (120°): é como dois dançarinos em perfeita sincronia.
- Quando formam uma quadratura (90°): é como um ensaio tenso, onde eles se desafiam.
Os aspectos são como a música da dança, que pode ser harmoniosa ou intensa, dependendo da energia entre os planetas.
UMA ANALOGIA SIMPLES
Imagine que o céu é um relógio antigo, daqueles com ponteiros e engrenagens.
- Os planetas são os ponteiros. Cada um tem sua velocidade: Mercúrio é o ponteiro dos segundos (rápido), Saturno é o ponteiro das horas (lento).
- As engrenagens que conectam esses ponteiros são a Terceira Lei de Kepler.
Sem essas engrenagens, o relógio para. Mas com elas, o tempo flui, e a astrologia pode interpretar o que cada ponteiro está apontando em sua vida.
Dica prática: Quando os ponteiros (planetas) formam ângulos (aspectos), eles "avisam" qual momento da sua vida está pedindo atenção ou ação.
TRANSFORMANDO SUA VISÃO DE VIDA
A dança dos planetas não é só bonita de assistir; ela te ensina a navegar pelos ciclos da vida.
- Um trígono é como remar a favor da correnteza. Tudo flui mais fácil.
- Uma quadratura é como remar contra a maré. Dá trabalho, mas te deixa mais forte.
A astrologia traduz essa dinâmica para que você saiba quando agir e quando esperar. É como ter um GPS cósmico, guiando você pelo melhor caminho.
CHAMADO PARA AÇÃO
Pensa comigo:
- Se os planetas seguem essas leis universais para criar harmonia, por que você não pode usar essas mesmas leis para alinhar sua vida?
- Você não precisa entender todas as fórmulas, só precisa saber que elas funcionam.
O segredo é entender os ciclos do céu e sincronizar suas ações com eles.
Exercício prático:
- Escolha um aspecto do dia (exemplo: quadratura entre Marte e Saturno).
- Pergunte-se: "O que esse aspecto está me pedindo?"
- Marte pode pedir ação; Saturno, paciência.
- Aplique isso no que você precisa resolver hoje.
A mensagem final é simples:
O céu está em movimento, e você faz parte dessa dança. Use as engrenagens do cosmos para alinhar seus passos com os ciclos do Universo. A harmonia está a um pensamento de distância.
E aí, sentiu a força desse conhecimento?
CLÁUDIO PTOLOMEU
sábado, 16 de dezembro de 2023
LEONARDO DA VINCI
sexta-feira, 15 de dezembro de 2023
A ASTROLOGIA E A CIÊNCIA ORTODOXA
quinta-feira, 14 de dezembro de 2023
SOLSTÍCIO E EQUINÓCIO
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