sábado, 23 de dezembro de 2023

GALILEU GALILEI


Galileu Galilei, um dos mais renomados cientistas do século XVII, teve um envolvimento significativo com a astrologia durante sua vida. Embora seja mais lembrado por suas contribuições para a astronomia e a física, Galileu também teve interesse e envolvimento com a astrologia.

Na época de Galileu, a astrologia era amplamente praticada e considerada uma ciência respeitável. As pessoas já entendiam que os corpos celestes influenciavam os eventos na Terra e buscavam conselhos astrológicos para tomar decisões importantes em suas vidas.

Galileu não apenas estudou a astrologia, mas também elaborou horóscopos pessoais e ofereceu conselhos astrológicos como a corte dos Medici. Ele ensinava que os movimentos dos planetas e estrelas poderiam revelar informações sobre o destino individual e coletivo.

À medida que Galileu desenvolvia suas pesquisas científicas, ele começou a ter dificuldades para falar sobre o campo da astrologia. Para evitar o confronto com a Santa Inquisição, Galileu Galilei precisou renegar suas ideias e trabalhos sobre a astrologia, sendo forçado a declarar, juntamente com outros assuntos, em público perante o Santo Conselho da Igreja que o seu trabalho não era correto.

À medida que o tempo foi passando, Galileu começou a se afastar da astrologia. Ele se concentrou nos estudos astronômicos revolucionários, usando o telescópio para fazer observações precisas dos corpos celestes e defendendo o heliocentrismo proposto por Copérnico.

O envolvimento de Galileu com a astrologia diminuiu à medida que ele se tornava mais comprometido com as novas pesquisas científicas e enfrentava crescente oposição da Igreja Católica. Suas ideias sobre o universo heliocêntrico entraram em conflito com a visão geocêntrica defendida pela igreja, levando-o a mais um julgamento inquisitorial em 1633.

Após o julgamento, Galileu foi condenado e o colocou em prisão domiciliar pelo resto de sua vida. Durante esse período, ele continuou a escrever e pesquisar, mas seu foco principal era entender os planetas a todo custo.

Embora tenha tido interesse e envolvimento com a astrologia em uma época crítica para tal estudo, o legado de Galileu está principalmente associado às suas contribuições para a astronomia, física e ao método científico moderno. Sua coragem em desafiar o controle político estabelecidas e promover uma ampla compreensão do universo pode ser a inspiração para os astrólogos que conheceram essa historia até os dias de hoje.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

NOSTRADAMUS



NOSTRADAMUS: O VIDENTE DAS ESTRELAS

No coração do Renascimento, um homem olhava para o céu com mais do que admiração. Ele via ali um roteiro invisível da história humana, codificado nas órbitas dos planetas e nas luzes das estrelas. Seu nome: Michel de Nostredame, mais conhecido como Nostradamus — médico, astrólogo e visionário. Uma figura que atravessa os séculos como símbolo da astrologia profética e da eterna busca por compreender o destino.

Ciência, estrelas e símbolos

Nascido em 1503, em Saint-Rémy-de-Provence, França, Nostradamus cresceu em uma época onde ciência, religião e misticismo formavam um só corpo de conhecimento. Estudou medicina e atuou no combate à peste, mas foi nas ciências celestes que encontrou seu verdadeiro chamado.

A astrologia do século XVI era uma prática respeitada, estudada nas universidades, ligada à medicina e ao calendário agrícola, embora já enfrentasse resistência da Igreja. Nostradamus, ciente disso, teve o cuidado de evitar previsões que pudessem ser associadas à heresia ou feitiçaria, preservando-se dentro de uma postura mais simbólica e poética.

Les Prophéties: O livro que desafiou o tempo

Em 1555, ele publica Les Prophéties, um conjunto de centúrias — cem quadras poéticas em cada seção — escritas em linguagem velada, repleta de metáforas, referências astrológicas e imagens simbólicas. É nesse estilo enigmático que se encontra parte do fascínio: são textos que permitem múltiplas leituras e continuam despertando interpretações até hoje.

Nostradamus não era apenas um poeta inspirado. Seus escritos demonstram profundo domínio da astrologia judiciária, que trata dos grandes eventos coletivos. Ele combinava mapas natais, conjunções planetárias, eclipses e estrelas fixas, além de referências históricas e visões que pareciam ultrapassar os limites de sua época. Todos esses elementos eram anotados e calculados manualmente, como exigia a prática da época.

O caso Henrique II: A quadra que virou lenda

Entre suas previsões mais citadas, destaca-se a morte do rei Henrique II da França. Em uma de suas quadras mais famosas, lemos:

“O jovem leão vencerá o velho em campo de batalha;
num único combate, seu olho será perfurado por uma lança de ouro;
duas feridas se tornarão uma,
e ele morrerá de morte cruel.”

Quatro anos após a publicação, em 1559, o rei foi atingido no olho por uma lasca de lança durante um torneio, morrendo dias depois. O acontecimento causou espanto na corte e selou a fama de Nostradamus como profeta. A rainha Catarina de Médici, impressionada, o chamou à corte, nomeando-o conselheiro real e astrólogo oficial.

O legado que resiste aos séculos

Hoje, quase 500 anos depois, o nome de Nostradamus ainda circula pelo imaginário coletivo. Suas obras originais estão preservadas na Bibliothèque nationale de France, e suas centúrias continuam a ser analisadas por astrólogos, pesquisadores e curiosos do mundo todo.

Na cidade de Salon-de-Provence, no sul da França, está o Museu de Nostradamus, onde podem ser vistos seus instrumentos, manuscritos e representações de suas técnicas astrológicas. A cidade mantém viva sua memória como ponto de peregrinação esotérica e cultural.

Mais recentemente, astrólogos modernos vêm revisitando seus métodos, adaptando seus princípios à linguagem dos softwares astrológicos contemporâneos. Ferramentas digitais permitem simular os céus de épocas passadas com exatidão, o que oferece novas formas de verificar — e reinterpretar — as previsões nostradâmicas à luz de dados mais precisos.

Uma mente entre o céu e a história

O que torna Nostradamus singular não é apenas sua capacidade de prever, mas o modo como ele integrou astrologia, medicina, história e espiritualidade em uma visão profunda da condição humana. Seu olhar era o de um homem à frente de seu tempo, mas firmemente enraizado na tradição celeste.

Mais do que um profeta, ele foi um decifrador dos ciclos do tempo, mostrando que a astrologia é uma linguagem viva — capaz de revelar o invisível e transformar a percepção da realidade.

O céu continua falando

Em um mundo que busca respostas no caos, o nome Nostradamus ainda brilha como uma lembrança de que os astros, quando bem compreendidos, não mentem. Eles apenas esperam que alguém saiba escutá-los.



domingo, 17 de dezembro de 2023

JOHANNES KEPLER


Johannes Kepler, um dos maiores astrônomos da história, também teve um envolvimento com a astrologia, embora suas visões tenham sido distintas de seu trabalho científico. Kepler nasceu em 1571 e é conhecido por suas leis do movimento planetário.

Embora Kepler tenha sido um estudioso dedicado da astronomia, ele também entendia a influência dos astros sobre a vida humana. Ele trabalhou como astrólogo pessoal para o imperador Rodolfo II e escreveu vários horóscopos para membros da nobreza.

Kepler entendia que os planetas exerciam uma influência sutil sobre os eventos e características da vida na Terra. Ele defendia que a posição dos astros no momento do nascimento de uma pessoa poderia revelar informações sobre sua personalidade, talentos e destino.

No entanto, é importante destacar que Kepler foi um dos responsáveis pelos novos conceitos astrológicos incluindo os chamados aspectos menores que até hoje são usados na astrologia moderna e estava disposto a inovar a astrologia e buscava encontrar bases que desmontava o sistema clássico que teve um crescimento cauteloso e milenar. Ele estava convencido de que a matemática era a chave para entender as relações entre os corpos celestes e a vida terrestre. E foi bem argumentativo com relação a prática da astrologia tradicional.

Com base nas teorias de Johannes Kepler, podemos estabelecer algumas relações interessantes entre os aspectos planetários ptolemaicos e os princípios geométricos que ele explorou. Embora Kepler tenha reinterpretado a astrologia de forma mais inovadora com relação aos aspectos, ele ainda reconhecia a importância dos aspectos tradicionais definidos por Ptolomeu. Aqui estão as conexões principais:

Aspectos Ptolemaicos e Proporções Geométricas

Ptolomeu descreveu cinco aspectos principais em sua obra Tetrabiblos:

Conjunção (0°)

Sextil (60°)

Quadratura (90°)

Trígono (120°)

Oposição (180°)


Kepler viu esses ângulos como manifestações de relações harmônicas matemáticas:

Conjunção (0°): Representa unidade ou início, sem tensão ou movimento relativo, semelhante ao ponto de partida de uma figura geométrica.

Oposição (180°): Uma divisão perfeita do círculo em duas partes iguais, associada à harmonia de contraste, como uma linha reta conectando dois extremos.

Trígono (120°): Divide o círculo em três partes iguais, relacionado ao triângulo equilátero, que Kepler considerava uma figura de grande harmonia.

Quadratura (90°): Divide o círculo em quatro partes iguais, ligado ao quadrado e à tensão dinâmica entre forças opostas.

Sextil (60°): Divide o círculo em seis partes iguais, associado ao hexágono, que Kepler valorizava pela frequência com que aparece na natureza (ex.: colmeias de abelhas).

Esses ângulos geométricos eram para Kepler representações matemáticas da "música das esferas" — proporções que criavam consonância ou dissonância.

Suas descobertas astronômicas, como as leis do movimento planetário e sua teoria das órbitas elípticas, foram fundamentais para o avanço da astronomia moderna. Essas leis forneceram uma explicação precisa dos movimentos planetários e ajudaram a refutar as teorias geocêntricas anteriores.

Embora Kepler tenha se envolvido com a astrologia, ele priorizava os novos conceitos da ciência. Ele enfatizou a importância de abordar a astrologia com ceticismo e posteriormente criticou aqueles que a utilizavam de forma dogmática.

No contexto histórico em que Kepler viveu, a astrologia era amplamente aceita e praticada. Muitos cientistas e estudiosos da época também se envolveram com essa disciplina, buscando uma compreensão mais profunda das relações entre os astros e o destino humano.

Embora Johannes Kepler tenha sido um astrônomo notável por suas contribuições científicas, ele também teve um interesse e envolvimento com a astrologia. Suas visões sobre o assunto eram complexas, buscando encontrar um equilíbrio entre o estudo da influência dos astros e uma abordagem científica fundamentada na na ciência moderna.

e o tempo de órbita deles foi calculado pela ciência com base nas leis do movimento planetário.

A astrologia pega essa harmonia dos planetas e interpreta o impacto dela na sua vida.



A TERCEIRA LEI DE KEPLER 

A dança cósmica: conectando Kepler e astrologia

Agora, vamos mudar o tom, criar uma abordagem visual, quase como se estivéssemos desenhando um mapa mental juntos. Quero que você imagine cada conceito como uma peça que se encaixa em um quebra-cabeça maior.


O QUE É A TERCEIRA LEI DE KEPLER?

Imagine que o Sistema Solar é um grande carrossel cósmico. No centro, o Sol é como o motor que faz tudo girar. Agora, pense nos planetas como cavalinhos nesse carrossel, cada um com seu ritmo.

  • Os mais próximos do centro (Mercúrio, Vênus): giram mais rápido, porque estão perto do motor.
  • Os mais distantes (Saturno, Netuno): levam mais tempo, porque têm um trajeto maior para percorrer.

A Terceira Lei de Kepler é a regra que organiza esse carrossel, garantindo que nenhum cavalinho colida e que tudo funcione perfeitamente. Não é mágica; é matemática celestial.

Visualize assim: cada órbita é uma dança em harmonia, com o tempo certo para cada passo.


COMO ISSO CONECTA COM A ASTROLOGIA?

Agora imagine que você está no centro desse carrossel olhando para cima. Os planetas não só giram, mas também formam ângulos uns com os outros enquanto se movem. Esses ângulos são os aspectos astrológicos, como conversas entre os dançarinos do cosmos.

  • Quando os planetas formam um trígono (120°): é como dois dançarinos em perfeita sincronia.
  • Quando formam uma quadratura (90°): é como um ensaio tenso, onde eles se desafiam.

Os aspectos são como a música da dança, que pode ser harmoniosa ou intensa, dependendo da energia entre os planetas.


UMA ANALOGIA SIMPLES

Imagine que o céu é um relógio antigo, daqueles com ponteiros e engrenagens.

  • Os planetas são os ponteiros. Cada um tem sua velocidade: Mercúrio é o ponteiro dos segundos (rápido), Saturno é o ponteiro das horas (lento).
  • As engrenagens que conectam esses ponteiros são a Terceira Lei de Kepler.

Sem essas engrenagens, o relógio para. Mas com elas, o tempo flui, e a astrologia pode interpretar o que cada ponteiro está apontando em sua vida.

Dica prática: Quando os ponteiros (planetas) formam ângulos (aspectos), eles "avisam" qual momento da sua vida está pedindo atenção ou ação.


TRANSFORMANDO SUA VISÃO DE VIDA

A dança dos planetas não é só bonita de assistir; ela te ensina a navegar pelos ciclos da vida.

  • Um trígono é como remar a favor da correnteza. Tudo flui mais fácil.
  • Uma quadratura é como remar contra a maré. Dá trabalho, mas te deixa mais forte.

A astrologia traduz essa dinâmica para que você saiba quando agir e quando esperar. É como ter um GPS cósmico, guiando você pelo melhor caminho.


CHAMADO PARA AÇÃO

Pensa comigo:

  • Se os planetas seguem essas leis universais para criar harmonia, por que você não pode usar essas mesmas leis para alinhar sua vida?
  • Você não precisa entender todas as fórmulas, só precisa saber que elas funcionam.

O segredo é entender os ciclos do céu e sincronizar suas ações com eles.

Exercício prático:

  1. Escolha um aspecto do dia (exemplo: quadratura entre Marte e Saturno).
  2. Pergunte-se: "O que esse aspecto está me pedindo?"
    • Marte pode pedir ação; Saturno, paciência.
  3. Aplique isso no que você precisa resolver hoje.

A mensagem final é simples:
O céu está em movimento, e você faz parte dessa dança. Use as engrenagens do cosmos para alinhar seus passos com os ciclos do Universo. A harmonia está a um pensamento de distância.

E aí, sentiu a força desse conhecimento?



CLÁUDIO PTOLOMEU


Cláudio Ptolomeu, o renomado astrônomo, também desempenhou um papel significativo na história da astrologia. Embora seja mais conhecido por suas contribuições para a astronomia e a geografia, Ptolomeu também escreveu extensivamente sobre a astrologia em sua obra "Tetrabiblos".

No "Tetrabiblos", Ptolomeu explorou os princípios e práticas da astrologia, buscando estabelecer uma base teórica para essa disciplina. Ele entendia que os movimentos dos corpos celestes influenciavam diretamente a vida na Terra e que era possível interpretar essas influências por meio do estudo dos astros.

Ptolomeu dividiu a astrologia em três ramos principais: astrologia natal, astrologia eletiva e astrologia universal. A astrologia natal se concentra no estudo do mapa astral de uma pessoa no momento de seu nascimento, buscando revelar traços de personalidade, talentos e tendências futuras.

A astrologia eletiva está relacionada à escolha do momento mais favorável para realizar determinadas atividades ou empreendimentos, como casamentos, viagens ou negócios. Ptolomeu explicava que escolher o momento correto poderia trazer melhores resultados.

Por fim, a astrologia universal examina os padrões e eventos astronômicos em larga escala, como eclipses solares ou lunares, para fazer previsões sobre fenômenos naturais e mudanças sociais.

Embora Ptolomeu tenha contribuído para a sistematização e compreensão da astrologia em seu tempo, suas ideias foram posteriormente contestadas e desenvolvidas por outros astrólogos ao longo dos séculos. A astrologia evoluiu para diferentes correntes e abordagens, com interpretações variadas dos efeitos dos astros na vida humana.

Hoje em dia, a astrologia continua a ser praticada e estudada por muitas pessoas ao redor do mundo, embora ja tenha sido considerada um estudo científico é importante ressaltar que desde as opressões causadas pelo controle político da época se tornou descartada pela comunidade científica moderna. A influência de Ptolomeu na história da astrologia é inegável, pois suas obras ajudaram a estabelecer as bases teóricas e práticas dessa disciplina milenar.

sábado, 16 de dezembro de 2023

LEONARDO DA VINCI


Leonardo da Vinci, o renomado artista e inventor do Renascimento, tinha um fascínio pela astrologia ao longo de sua vida. Embora seja mais conhecido por suas obras de arte e invenções revolucionárias, a astrologia desempenhou um papel significativo em sua busca pelo conhecimento.

Leonardo entendia que os corpos celestes influenciavam diretamente a vida na Terra. Ele estudou as posições dos planetas, as fases da lua e os movimentos dos astros para entender melhor as forças cósmicas que afetam a humanidade. Leonardo via a astrologia como uma ciência que poderia revelar segredos sobre o destino humano e as interações entre o céu e a Terra.

Em seus cadernos de anotações, Leonardo registrou observações astrológicas detalhadas. Ele estudou o zodíaco e os signos do horóscopo para entender como eles se relacionavam com os eventos históricos e individuais. Acreditava-se que cada pessoa tinha um mapa astral único, determinado pela posição dos planetas no momento do nascimento, e Leonardo estava interessado em desvendar os mistérios por trás dessas influências celestes.

Ele também explorou temas astrológicos em suas obras científicas, como seus estudos sobre anatomia humana e proporção áurea.

A Codex Leicester, também conhecida como Codex Hammer, é um famoso manuscrito escrito por Leonardo da Vinci entre 1506 e 1510. É composto por 18 folhas de papel e contém uma coleção de escritos e desenhos de Leonardo sobre vários temas, principalmente relacionados com os astros e à água. O manuscrito recebeu o nome de Thomas Coke, Conde de Leicester, que o adquiriu em 1717. A Codex Leicester é considerada uma das obras mais importantes e valiosas de Leonardo da Vinci, pois revela seu pensamento científico e observações detalhadas sobre o mundo natural.

Além disso, Leonardo usava a astrologia em sua arte. Ele incorporava elementos astrológicos em suas pinturas, como a "Última Ceia", onde os apóstolos são retratados de acordo com os signos do zodíaco. 

Por exemplo, há interpretações que apontam para a disposição das figuras em grupos de três, associada à trindade cristã, mas também relacionada aos signos do zodíaco, que tradicionalmente são divididos em quatro grupos de três signos cada. Além disso, a posição das janelas atrás de Cristo foi sugerida como uma representação do solstício de inverno.


A pintura "Madonna do Fuso" é uma obra atribuída a Leonardo da Vinci. Acredita-se que tenha sido pintada por volta de 1501-1504. A obra retrata Maria segurando o Menino Jesus enquanto uma jovem Santa Ana observa. O fuso que dá nome à pintura é um símbolo do destino e representa o fio da vida. A composição suave e delicada, característica de Leonardo, é evidente nessa obra. Atualmente, a pintura está em exibição na Galleria degli Uffizi, em Florença, Itália.

Embora Leonardo era um homem de mente científica e um grande defensor da astrologia. Ele buscava equilibrar a astrologia com a observação empírica e o método científico. Mesmo assim questionava e investigava os fundamentos para melhorar os seus estudos.

A história de Leonardo da Vinci em relação à astrologia revela seu interesse metafísico pelo mundo ao seu redor. Ele explorou a astrologia como uma forma de compreender o universo e as forças que moldam a existência humana. Ao combinar sua paixão pela arte, ciência e astrologia, Leonardo deixou um legado duradouro como um dos maiores gênios da história.  

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

A ASTROLOGIA E A CIÊNCIA ORTODOXA


Ciência ortodoxa, também conhecida como ciência acadêmica ou mainstream, sempre teve uma relação complexa com a astrologia ao longo da história. Inicialmente, a astrologia era considerada uma parte integrante da astronomia e da cosmologia.

Na antiguidade, civilizações como os babilônios e os egípcios já praticavam a astrologia como uma forma de prever eventos e compreender o mundo. Entendia-se que os corpos celestes influenciavam diretamente a vida na Terra. No entanto, com o surgimento da ciência grega, como uma nova perspectiva e o método científico mudado, a astrologia começou a ser questionada.

Com o avanço da astronomia no período helênico, nomes como Ptolomeu e Hiparco contribuíram para a compreensão dos movimentos planetários de forma mais precisa. No entanto, mesmo com essas contribuições científicas, a astrologia continuou sendo praticada e considerada uma disciplina legítima.

Foi na Idade Média que a astrologia se tornou uma parte central da cultura europeia. A Igreja Católica via na astrologia uma maneira de interpretar o plano divino e até mesmo papas renomados, como Urbano VIII, consultavam astrólogos em momentos cruciais.

No entanto, a Santa Inquisição começou a atacar mais severamente os astrólogos durante os séculos XV e XVI, especialmente durante o período da Inquisição Espanhola. No renascimento que teve início no século XIV, na Itália, e estendeu-se até o século XVII, com a influência da santa inquisição, as novas metodologias de estudos usadas nas novas descobertas astronômicas de Copérnico e Galileu Galilei, a astrologia começou a enfrentar um crescente comportamento ceticista por parte dos cientistas ortodoxos (CIENCIA MODERNA) para evitar conflitos com a igreja. O novo método científico estava se desenvolvendo e buscava explicações baseadas em observações e experimentos controlados por um novo pensamento, enquanto a astrologia começava, a partir daí, se basear em suposições subjetivas e interpretações simbólicas devido a falta de suporte da ciência.

Ao longo da história, a abordagem científica evoluiu significativamente. Enquanto a ciência contemporânea enfatiza a investigação das causas por trás dos fenômenos, séculos atrás, a aceitação dos estudos científicos baseava-se em resultados práticos concretos. Na antiguidade e na Idade Média, a observação e a demonstração de efeitos tangíveis muitas vezes bastavam para validar descobertas. Já nos tempos atuais, a busca pelas explicações causais e pela compreensão dos mecanismos subjacentes tornou-se fundamental para que haja aceitação de estudos como científicos. Essa mudança tirou a astrologia de circulação do campo da ciência, mesmo mostrando resultados práticos e concretos.


O SOL E A LUA NA HISTÓRIA

Antigamente, Sol e Lua eram considerados planetas. Isso mudou por volta do século XVI quando o modelo heliocêntrico de Copérnico ganhou aceitação. Nesse modelo, o Sol estava no centro do sistema solar, e os planetas, incluindo a Terra, orbitavam ao seu redor. Como o Sol deixou de ser visto como um objeto em órbita de outro planeta, ele não era mais considerado um planeta. A Lua também foi excluída dessa categoria porque não orbita a Terra no mesmo sentido que os planetas orbitam o Sol.

Na astrologia, o Sol e a Lua são considerados planetas, mas é mais por uma questão de cálculo e perspectiva terrestre do que uma crença literal de que a Terra é o centro do universo. Os astrólogos reconhecem que o Sol é o centro do sistema solar, mas na prática astrológica, a Terra é considerada o ponto de referência principal. 


No século XVII, a astrologia começou a perder seu status como um estudo respeitável. Muitos cientistas ortodoxos passaram a considerá-la uma pseudociência, rejeitando-a como uma prática supersticiosa sem fundamentos sólidos.

Atualmente, a astrologia é considerada uma prática esotérica ou uma forma de entretenimento para muitas pessoas, mas não é reconhecida como uma ciência legítima pela comunidade científica ortodoxa. A ciência moderna concentra-se em explicações naturais baseadas nessas novas teorias e um novo método científico, deixando a astrologia fora de seu escopo.
Podendo até mesmo haver problemas legais se algum astrólogo insistir na idéia de que a astrologia é uma ciência.
O objetivo deste artigo é mostrar que a astrologia carrega uma bagagem de conhecimento que não pode ser descartada como lixo. E por isso, que atualmente, a astrologia é frequentemente descrita como uma linguagem simbólica e transcendental que busca compreender e interpretar o papel dos astros no destino humano. Esta visão da astrologia reconhece que suas práticas e interpretações vão além das noções convencionais de linguagem, buscando transmitir significados mais profundos por meio de símbolos e metáforas. A linguagem simbólica da astrologia se baseia no conceito de que os movimentos dos corpos celestes refletem padrões e influências que podem ser interpretados para fornecer um conhecimento sobre uma outra natureza do universo e o papel dos astros na vida terrena.

A transcendência da astrologia está relacionada à sua capacidade de ir além das limitações da linguagem comum, buscando conectar as dimensões espirituais e simbólicas da existência humana com os padrões celestes. Nesse sentido, a astrologia procura oferecer uma compreensão mais profunda do mundo e de nós mesmos, reconhecendo a importância da riqueza simbólica e espiritual que ela carrega.

Ao considerar a astrologia como uma linguagem transcendental, reconhecemos seu potencial para proporcionar um esclarecimento profundo sobre o universo e as forças que moldam nossas vidas. Essa abordagem ressalta a importância de preservar a integridade da astrologia como um estudo milenar, garantindo que suas interpretações e práticas sejam transmitidas fielmente para as futuras gerações. Dessa forma, ao honrar a sabedoria acumulada ao longo de milênios, estamos comprometidos em proteger sua autenticidade e valor, reconhecendo sua importância contínua no entendimento do mundo e de nós mesmos.

Na NASA, existe um poster pendurado com abelhas e escrita uma frase que diz assim:

"Aerodinamicamente o corpo de uma abelha não é feito para voar; o bom é que a abelha não sabe".

E mesmo assim a ciência ortodoxa desafia a astrologia.

A astrologia, apesar de desafiada pela ciência ortodoxa, oferece um potencial significativo ao fornecer um conhecimento milenar sobre os padrões comportamentais e ciclos cósmicos. Assim como a abelha voa apesar das limitações percebidas, a astrologia oferece uma perspectiva única que transcende as explicações científicas convencionais, proporcionando orientação e compreensão transcendental sobre o universo. A frase ilustra que há aspectos da existência que escapam à explicação puramente científica. Portanto são áreas distintas, e não faz sentido a ciência ortodoxa questionar a astrologia, pois seu valor reside na interpretação simbólica e na conexão com o mistério e a complexidade do universo.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

SOLSTÍCIO E EQUINÓCIO


O solstício e o equinócio são momentos fascinantes que ocorrem ao longo do ano e estão relacionados às mudanças nas estações. 

A palavra "solstício" vem do latim "solstitium", que significa "ponto em que o sol parece estar parado". Isso porque, durante o solstício, o sol atinge sua maior distância angular em relação ao equador, parecendo ficar estático por alguns dias antes de começar a se mover na direção oposta.

Quanto à palavra "equinócio", ela também tem origem no latim, derivada de "aequinoctium", que significa "noite igual". Isso se deve ao fato de que nos equinócios, dia e noite têm a mesma duração, devido à posição do sol em relação à Terra.

Para entendermos melhor, vamos imaginar a Terra como um enorme globo que gira ao redor do Sol.

No solstício, temos dois momentos extremos. No solstício de verão, que ocorre geralmente em 21 de junho no hemisfério norte, o dia é mais longo e a noite é mais curta. Isso acontece porque, nessa data, o hemisfério em questão está inclinado em direção ao Sol. É como se a Terra estivesse esticando o braço para mais perto da luz solar, resultando em dias ensolarados e mais longos.

Por outro lado, no solstício de inverno, que normalmente acontece em 21 de dezembro no hemisfério norte, ocorre o oposto. O dia é mais curto e a noite é mais longa. Isso se deve à inclinação da Terra afastando o hemisfério em questão do Sol. É como se a Terra estivesse se afastando timidamente da luz solar, resultando em dias mais frios e noites mais longas.

Já nos equinócios, que ocorrem por volta de 21 de março e 23 de setembro, tanto o hemisfério norte quanto o sul têm dias e noites com duração igual. A palavra "equinócio" significa "noite igual" em latim. Nesses momentos do ano, a inclinação da Terra não favorece nenhum hemisfério em particular. É como se a Terra estivesse em equilíbrio, dando um abraço no Sol.

Essas mudanças nas estações, causadas pelos solstícios e equinócios, influenciam a temperatura, o clima e até mesmo as atividades humanas, como agricultura e turismo. É incrível pensar que esses fenômenos são resultado da dança delicada entre a Terra e o Sol, mostrando-nos a maravilha da natureza e sua constante transformação.

O solstício de verão ocorre por volta do dia 21 de junho no hemisfério norte (e em torno de 22 de dezembro no hemisfério sul) e marca o início do verão. Nessa época, o Sol atinge sua maior altura no céu e os dias são mais longos. No zodíaco tropical, o signo que corresponde ao solstício de verão é Câncer, que vai de 21 de junho a 22 de julho. Câncer é um signo associado à sensibilidade, intuição e emoções profundas.

O solstício de inverno ocorre por volta do dia 22 de dezembro no hemisfério norte (e em torno de 21 de junho no hemisfério sul) e marca o início do inverno. Nesse período, o Sol atinge sua menor altura no céu e os dias são mais curtos. No zodíaco tropical, o signo que corresponde ao solstício de inverno é Capricórnio, que vai de 22 de dezembro a 19 de janeiro. Capricórnio é um signo associado à ambição, disciplina e busca por sucesso material.

Os equinócios marcam o início da primavera e do outono e ocorrem por volta dos dias 21 de março e 23 de setembro. Durante os equinócios, o dia e a noite têm duração igual. No zodíaco tropical, o signo que corresponde ao equinócio da primavera é Áries, que vai de 21 de março a 19 de abril. Áries é um signo associado à coragem, iniciativa e energia. Já o signo que corresponde ao equinócio do outono é Libra, que vai de 23 de setembro a 22 de outubro. Libra é um signo associado à harmonia, equilíbrio e justiça.

Vou fazer descrições figurativas da mecânica celeste para explicar o solstício e equinócio de forma criativa e cativante:

1. Solstício de Verão: É como se a Terra estivesse inclinando seu corpo em direção ao sol, dando um abraço caloroso e prolongado. O sol, encantado com tanto afeto, envia seus raios dourados para iluminar cada canto do planeta, espalhando um calor reconfortante.

2. Solstício de Inverno: Agora, a Terra decide se inclinar suavemente para longe do sol, como se estivesse se aconchegando em um abraço aconchegante e fresco. O sol, compreensivo, envia raios suaves que acariciam delicadamente o planeta, trazendo um clima frio e uma sensação de tranquilidade.

3. Equinócio de Primavera: Nesse momento especial, a Terra está em perfeito equilíbrio, como uma bailarina em seu movimento mais gracioso. Ela gira suavemente em torno do sol, como se estivesse dançando em harmonia cósmica. O sol sorri com ternura, espalhando luz e vida por todos os lugares.

4. Equinócio de Outono: Agora é a vez da Terra desacelerar sua dança celestial. Ela gira com uma serenidade encantadora, como se estivesse fazendo uma reverência ao sol antes de se recolher para o descanso. O sol retribui com tons dourados e alaranjados no céu, criando um cenário de despedida suave e nostálgico.

Espero que essas descrições figurativas tenham ajudado a compreender o solstício e equinócio de forma cativante, mesmo para aqueles com déficit de atenção. A mecânica celeste pode ser encantadora quando vista através dessas imagens poéticas!

Desde tempos remotos, as civilizações perceberam que esses eventos estavam relacionados às mudanças nas estações do ano e ao ciclo de plantio e colheita. Por meio da observação cuidadosa do movimento do Sol ao longo do horizonte, eles puderam determinar os pontos de maior e menor altura do Sol e estabelecer datas específicas para os solstícios e equinócios.

Uma das primeiras civilizações a desenvolver um conhecimento avançado sobre os solstícios e equinócios foi a antiga civilização egípcia. Eles construíram monumentos como o Templo de Karnak e o Templo de Abu Simbel, que foram projetados para capturar a luz solar em momentos específicos do ano, marcando assim os solstícios e equinócios.

Outra civilização que contribuiu significativamente para o entendimento desses eventos astronômicos foi a civilização maia. Eles construíram pirâmides e observatórios que permitiam observar com precisão o movimento do Sol, da Lua e de outros corpos celestes. Essas observações foram fundamentais para o desenvolvimento de seus calendários altamente precisos, que incluíam datas importantes como os solstícios e equinócios.

Além disso, outras culturas antigas, como os gregos, romanos e chineses, também tinham conhecimento dos solstícios e equinócios. Eles realizavam festivais e cerimônias nesses momentos do ano, celebrando o ciclo da vida, a renovação e a fertilidade.

Ao longo dos séculos, o conhecimento sobre os solstícios e equinócios foi transmitido de geração em geração, sendo aprimorado com o avanço da astronomia e das ciências. Hoje em dia, temos uma compreensão mais precisa desses eventos, graças aos estudos científicos e ao uso de tecnologias modernas.

Em resumo, os solstícios e equinócios tiveram início no conhecimento da humanidade por meio da observação cuidadosa dos movimentos do Sol ao longo do horizonte pelas antigas civilizações. Esses eventos astronômicos são marcadores importantes das mudanças sazonais e têm sido celebrados e estudados ao longo da história.

AS FACES ASTROLÓGICAS

As Máscaras Secretas dos Signos A Astrologia Clássica e os Três Rostos de Cada Signo Na tapeçaria do zodíaco, ca...